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Portugal pondera aumentar presença em missões de paz das Nações Unidas

Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Teresa Ribeiro.
ONU News/Daniela Gross
Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Teresa Ribeiro.

Portugal pondera aumentar presença em missões de paz das Nações Unidas

Paz e segurança

País apoia atualmente  sete operações da ONU no terreno; reunião de alto nível juntou líderes de vários países para debater consolidação da paz e sua sustentabilidade.

Portugal considera aumentar a contribuição em missões de paz das Nações Unidas, segundo a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação.

Teresa Ribeiro falou esta terça-feira à ONU News, em Nova Iorque, à margem do Encontro de Alto Nível sobre Consolidação da Paz e Paz Sustentável.

Horizonte

Sem revelar a quantidade de recursos a serem disponibilizados, Ribeiro destacou que a união e o aumento da cooperação deverão ajudar a quebrar o ciclo de conflitos.

“Continuamos, obviamente, comprometidos com as missões de paz sob a égide das Nações Unidas. Não descartamos, de forma nenhuma, a possibilidade de vir a aumentar a nossa presença. Essa é, claramente, uma linha que está no nosso horizonte. Por outro lado, nós achamos que a paz hoje tem que ser vista de forma muito mais holística. É nesta perspetiva que deve ser abordada. Julgo que o debate, hoje aqui, serve justamente para redimensionar ou reequacionar a forma como devemos olhar para a paz.”

Portugal contribui para sete operações das Nações Unidas. O país está presente em  Saara Ocidental, na República Centro-Africana, no Mali, na Colômbia, na  Guiné-Bissau, no Afeganistão e no Haiti.

Secretária de Estado portuguesa dos Negócios Estrangeiros, Teresa Ribeiro

Conflitos

Na Assembleia Geral, a vice-chefe da diplomacia portuguesa destacou ainda que os países devem prevenir a eclosão, a escalada,  a continuação e a recorrência de conflitos. A sessão debateu novas formas de abordar a paz, o apoio a situações pós-conflito e o multilateralismo.

Para Ribeiro, a ação internacional deve sempre ser orientada pelo rigoroso respeito à Carta das Nações Unidas, aos direitos humanos e ao direito internacional.

A representante defende que os países reconheçam que o desenvolvimento, a paz e a segurança e direitos humanos estão interligados e reforçam-se uns aos outros.