Jovens querem posição "mais importante" na agenda do Conselho de Segurança
Órgão acompanhou dados de nova pesquisa com milhares de pessoas em todo o mundo; enviada da Juventude quer menos suspeitas entre jovens, seus governos e o sistema multilateral
O Conselho de Segurança acompanhou esta segunda-feira o Estudo do Progresso sobre Juventude, Paz e Segurança que envolveu mais de 4 mil participantes de todo o mundo.
Num debate que destacou o tema, a enviada especial do secretário-geral sobre a Juventude pediu aos 15 Estados-membros que definam o grupo “não mais como agenda secundária, mas a agenda mais importante” do órgão.
Desconfiança
Jayathma Wickramanayake pediu ao Conselho que leve adiante as sugestões da pesquisa, que considera uma “oportunidade única para corrigir as suspeitas entre jovens, seus governos e o sistema multilateral”.
Para ela, essa solução deve abrir novos caminhos para a participação e contribuição do grupo de forma significativa. Para que isso aconteça, a enviada quer mais apoio ao trabalho dos jovens para a construção da paz “reconhecendo, financiando, ampliando e protegendo” essas ações.
Extremistas
Wickramanayake disse haver numerosos jovens construindo e sustentando a paz em seus países, em quantidade muito maior do que os seus pares, vítimas de grupos extremistas.
Em segundo lugar, a enviada pediu prioridade à participação política juvenil. A ideia é que estes sejam totalmente engajados num maior espaço do debate sobre a paz, e que suas vozes sejam ouvidas nas negociações em vários países onde ocorrem conflitos.
Por último, Wickramanayake apelou à parceria entre jovens e à comunidade internacional. Para ela, após o evento deve continuar a promoção dos jovens construtores da paz.
A enviada disse ter visto exemplos em países como Iraque, Somália e Colômbia onde decisões do Conselho sobre jovens e o seu trabalho para promover a paz ajudam a aumentar a confiança que precisa de ser reforçada.
Apresentação: Eleutério Guevane