Especialista quer união de esforços para fim da malária em países da Cplp

Em Coimbra, professor angolano Filomeno Forte chamou a atenção sobre as responsabilidades pela fraca atuação comunitária; declarações foram feitas no Encontro Regional da Cimeira Mundial da Saúde, o primeiro em Portugal.
O combate à malária e a cooperação de governos e comunidades em esforços contra a doença mereceram atenção de dezenas de especialistas reunidos no Encontro Regional da Cimeira Mundial da Saúde. O evento decorreu até sexta-feira em Coimbra, Portugal.
Falando à ONU News, da cidade portuguesa, o especialista angolano Filomeno Fortes pediu maior união de forças para acabar com a doença que, por ano, mata cerca de 500 mil pessoas.
“Apesar de haver o fundo mundial contra a malária os nossos países ainda têm muita dificuldade em relação aos recursos humanos, têm muitas dificuldades em medicamentos e testes rápidos. Os programas de luta anti-vetorial são muito frágeis, a monitoria necessita também de maior esforço e, finalmente, nós temos menos participação das comunidades mais por nossa culpa do que por culpa das comunidades”.
O também professor da Universidade Agostinho Neto em Angola lembrou que “tirando Portugal, todos os outros países da Cplp têm grandes dificuldades e maus indicadores em relação quer da malária quer das doenças tropicais negligenciadas”.
Ele sublinhou que mesmo com a iniciativa Fazer Recuar a Malária, essas dificuldades continuam porque falta ação mais coordenada entre as partes que combatem as doenças nos países.
A ONU é uma das organizações que há 20 anos criou o Fundo para ajudar a combater a malária com uma intervenção global. A malária faz mais vítimas em África, que representa mais de 90% dos casos.
Apresentação: Eleutério Guevane.