Privacidade online preocupa 80% dos usuários de internet na América do Norte
Agência da ONU diz que no Brasil, 58% dos internautas tendem a fazer pagamentos pelo celular; China lidera países em desenvolvimento no uso de smartphones em pagamentos; Unctad acolhe Semana de Comércio Eletrônico, em Genebra.
Cerca de 80% dos usuários de internet estão preocupados com a sua privacidade online na América do Norte. A informação consta de um novo estudo apoiado pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, Unctad.
A pesquisa mostra um aumento em mais 5% no número de pessoas que comprar online, se comparado aos níveis do ano passado. O documento foi apresentado em Genebra, por ocasião da Semana de Comércio Eletrônico ou e-commerce, na sigla em inglês.
Brasil
O Brasil é um dos 25 países que acolheram o estudo, e aponta que mais da metade dos entrevistados estão agora mais preocupados com sua privacidade online do que há um ano. Mais de 25 mil internautas foram entrevistados entre dezembro e março.
Entre os brasileiros, 58% dos perguntados são propensos a fazer pagamentos utilizando os telefones celulares.
China
A pesquisa destaca ainda que é comum usar smartphones para fazer pagamentos em muitos países em desenvolvimento. A China lidera a lista com esses compradores com 94%. A seguir estão Indonésia com 93%, Índia com 83% e Quênia com 79%.
As desconfianças em relação à privacidade também são observadas no Oriente Médio e na África. A proporção dos que se sentem “mais preocupados” subiu de 55% para 61%.
Este é o quarto estudo desse género apoiado pela Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento, Unctad, e pela Internet Society realizado pelo Centro de Inovação em Governança Internacional, Gigi, e a ONG Ipsos.
Para o diretor da divisão de tecnologia e logística da Unctad, Shamika Sirimanne, a pesquisa destaca a importância de se “adotar e adaptar políticas para lidar com a economia digital em evolução”.
As principais razões apontadas pelos internautas para não fazer compras online é que eles não confiam nela. Ao todo, 49% deram essa resposta. Aqueles que se baseiam na experiência de terceiros ou deixam de fazer a compra porque ouviram algo mal sobre a operação foram 25% dos entrevistados.
Apresentação: Eleutério Guevane.