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Firmado acordo sobre retorno voluntário de refugiados rohingya a Mianmar

O retorno precisa de ser seguro, voluntário e digno, seguindo padrões internacionais.
OIM/Olivia Headon
O retorno precisa de ser seguro, voluntário e digno, seguindo padrões internacionais.

Firmado acordo sobre retorno voluntário de refugiados rohingya a Mianmar

Migrantes e refugiados

Memorando de entendimento foi assinado pelo governo de Bangladesh e Agência da ONU para Refugiados; ideia é garantir que civis voltem ao seu país somente quando houver condições para um retorno seguro e voluntário.

A Agência da ONU para Refugiados, Acnur, e o governo de Bangladesh firmaram nesta sexta-feira um Memorando de Entendimento sobre o retorno voluntário de refugiados rohingya para Mianmar.

Mais de 670 mil rohingyas fugiram do país desde agosto devido à violência, buscando abrigo junto a outros 200 mil que já estavam vivendo em Bangladesh. Segundo o Acnur, o acordo foca em ajudar essa população a voltar para Mianmar, mas apenas quando as condições forem propícias.

Falta de progressos

A agência da ONU destaca que esse retorno precisa ser seguro, voluntário e digno, seguindo padrões internacionais, mas ressalta que as condições em Mianmar ainda não são adequadas para a volta dos rohingya.

Segundo o Acnur, as autoridades de Mianmar são responsáveis por criar essas condições, o que deve ir além da infraestrutura e da logística. Muitos refugiados em Bangladesh declararam que para voltar, eles querem “ver progressos concretos em relação ao seu estado legal e cidadania”, além de ter a certeza de que poderão ter seus direitos básicos no estado de Rakhine.

Acesso

O acordo de cooperação foi assinado em Genebra pelo alto comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, e pelo secretário de Relações Exteriores de Bangladesh, Shahidul Haque.

O Acnur agradeceu mais uma vez ao governo bangalês pela “hospitalidade, proteção e assistência fornecida a esses refugiados”. A agência continua pedindo a Mianmar para tratar as causas do deslocamento da população rohingya e fornecer acesso ao estado de Rakhine, para que a agência possa checar as condições no local.