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Soldado de paz da ONU é morto na República Centro-Africana BR

Foto: Minusca
Capacete azul foi morto na região de Bangui.

Soldado de paz da ONU é morto na República Centro-Africana

Paz e segurança

Secretário-geral condena assassinato do boina-azul ruandês; ataque de homens armados contra a Minusca deixou oito soldados da ONU feridos; atentados contra Missões de Paz da ONU podem ser crimes de guerra.

Nesta quarta-feira, o secretário-geral da ONU condenou o assassinato de um boina-azul de Ruanda que servia à Missão de Estabilização das Nações Unidas na República Centro-Africana, Minusca.

Oito soldados de paz ficaram feridos durante a troca de tiros com homens armados em Bangui. O incidente aconteceu no dia 10 de abril. No domingo, a Minusca e as forças Centro-Africanas lançaram uma operação para desarmar e prender grupos criminosos altamente armados.

Crime de guerra

O secretário-geral António Guterres lembra que ataques contra soldados de paz da ONU podem ser considerados um crime de guerra. Ele pede às autoridades centro-africanas para investigar a ação e levar à Justiça os responsáveis.

Guterres reforça a determinação da Minusca em proteger os civis e contribuir para a estabilização do país africano.

Representantes da União Africana e das Nações Unidas estão fazendo uma visita oficial à República Centro-Africana, para mostrar apoio ao processo de paz.

 

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Jean-Pierre Lacroix. Foto: ONU/Manuel Elias (arquivo)

Calma

Numa nota, as duas organizações demonstram preocupação com as tensões na capital e destacam que as operações do dia 8 de abril tinham o objetivo de interromper “criminosos que colocam em risco as vidas de cidadãos de paz, num bairro que é o coração econômico de Bangui”.

A ONU e a União Africana enfatizam que a operação tinha como meta restaurar a autoridade do Estado e proteger a população “daqueles que a oprimem”. O chefe das operações de paz da ONU, Jean-Pierre Lacroix, está na República Centro-Africana ao lado do representante da União Africana para Paz e Segurança, Smail Chergui.

Nesta quarta-feira, ambos pediram à população calma e vigilância.