Resultados da Opaq sobre ataque químico no Reino Unido devem ser conhecidos na próxima semana
Diretor-geral da Organização para a Proibição de Armas Químicas, Opaq, afirmou que a sua equipa “trabalha de forma independente”; União Europeia condenou ataque e considera resposta da Rússia “inaceitável”.
O diretor-geral da Organização para a Proibição de Armas Químicas, Opaq, Ahmet Üzümcü, disse esta quarta-feira que os resultados sobre as alegações de ataque químico no Reino Unido devem ser conhecidos na próxima semana.
O diretor-geral falava durante a 57ª sessão do Conselho Executivo da Opaq, em Haia, na Holanda. Os resultados dizem respeito ao suposto uso de gás neurotóxico contra um ex-agente de inteligência da Rússia e a filha dele na cidade britânica de Salisbury a 4 de março.
Investigação
O Reino Unido pediu à Opaq uma investigação independente. Segundo o diretor-geral da organização, os seus especialistas foram até ao local e recolheram amostras ambientais e das três vítimas, incluindo um agente da polícia que socorreu os dois russos.
Üzümcü disse que os resultados “são esperados no início da próxima semana.” Assim que estiveram prontos, o secretariado vai elaborar um relatório e enviar uma cópia para o Reino Unido.
O diretor-geral lembrou que a sua equipe “trabalha de forma independente” e “não está envolvida com qualquer investigação nacional.” Segundo ele, “nenhum Estado-membro está envolvido neste trabalho técnico.”
União Europeia
Durante a reunião, também falou o embaixador da Bulgária junto da União Europeia, Krassimir Kostov. O embaixador, em representação da UE, condenou o ataque “nos termos mais fortes possíveis.”
Segundo o diplomata, a UE “concorda com o Reino Unido de que é altamente provável que a Federação Russa seja responsável e não existe outra explicação alternativa plausível.”
O embaixador “considerou lamentável que a Federação Russa não tenha tido uma reação positiva ao convite inicial do Reino Unido para fornecer informação relevante.”
Em vez disso, afirmou Kostov, assistiu-se “a uma enchente de insinuações contra um número de Estados-membros da UE.” O embaixador considerou essa atitude “absolutamente inaceitável.”
Kostov terminou dizendo que a UE tem “confiança absoluta na investigação do Reino Unido e na sua colaboração com a Opaq.”
Apresentação: Alexandre Soares