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Guterres pede aos doadores financiamento rápido e completo para ajuda ao Iêmen

Secretário-geral António Guterres na Conferência de Doadores para o Iêmen.
ONU/Violaine Martin
Secretário-geral António Guterres na Conferência de Doadores para o Iêmen.

Guterres pede aos doadores financiamento rápido e completo para ajuda ao Iêmen

Ajuda humanitária

Plano de auxílio humanitário requer US$ 2,96 bilhões para 2018; pelo menos 22 milhões de pessoas precisam de ajuda e proteção;  cerca de18 milhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar por causa dos quatro anos de conflito no país árabe.

O secretário-geral das Nações Unidas pediu à comunidade internacional que seja dada prioridade ao plano de US$ 2,96 bilhões  para ajuda humanitária ao Iêmen.

Falando na conferência de doadores para o país, em Genebra, António Guterres disse que a crise iemenita “precisa de financiamento rápido e completo” para que cada dólar chegue onde é urgentemente necessário.

Auxílio

O chefe da ONU instou todos a fazer tudo o que for possível para cobrir as necessidades dos iemenitas. A ONU é copresidente do evento juntamente com os governos da Suécia e da Suíça.

António Guterres lembrou que o valor deve fazer chegar auxílio a mais de 13 milhões de pessoas em todo o país este ano. Para o secretário-geral, já há uma base sólida para prosseguir porque 40% do valor está garantido.

Crise

De acordo com o chefe Nações Unidas, mais de 22 milhões de pessoas, ou três quartos da população do Iêmen, precisam de ajuda humanitária e de proteção. Pelo menos 18 milhões de iemenitas enfrentam insegurança alimentar no país.

Guterres pediu ainda que seja evitado que a pior crise humanitária do mundo se torne uma tragédia de longo prazo.

Acesso

O secretário-geral frisou que as agências humanitárias devem ser capazes de alcançar incondicionalmente aos necessitados. Essas entidades relatam restrições de acesso a 90% dos distritos do Iêmen.

Para o chefe da ONU, todos os portos devem continuar abertos para os carregamentos humanitários e comerciais de medicamentos, comida e combustíveis. Ele declarou ainda que o Aeroporto de Sanaa é também “uma tábua de salvação que deve ser mantida aberta”.

Guterres terminou a sua intervenção com um forte apelo à ação para o fim do conflito. Para ele, a guerra do Iêmen causa um “enorme sofrimento humano” às vítimas que já estão entre as mais pobres e vulneráveis do mundo.

Acordo Político

Após lembrar que “não há soluções humanitárias para crises humanitárias”, Guterres disse que um acordo político negociado através do diálogo inclusivo entre iemenitas é a única solução para a guerra que entra no quarto ano.

Ele pediu as partes que se envolvam com o seu novo enviado especial para o país, Martin Griffiths, e reiterou o pedido para que haja total respeito ao direito internacional humanitário e à proteção de civis e da infraestrutura não militar.

Apresentação: Eleutério Guevane.