Minusca diz que patrulha portuguesa foi atacada na República Centro-Africana
Paz e segurança
Ninguém ficou ferido em incidente ocorrido no sábado durante missão de rotina na capital do país, Bangui.
Uma patrulha de militares portugueses na missão da ONU na República Centro-Africana, Minusca, foi atacada no sábado, em Bangui, por um grupo armado. Não houve feridos ou mortos no incidente.
O diretor de comunicação da Minusca, Hervé Verhoosel, disse à ONU News, de Bangui, capital centro-africana, que o ataque configura “uma infração internacional grave.”
Incidente
O diretor de comunicação afirmou que a ONU “condena fortemente este ataque a homens e mulheres que estão aqui para proteger a população.” Segundo Hervé, "este ataque mostra a natureza criminosa dos grupos armados no bairro PK5."
PK5 é o nome do terceiro distrito de Bangui, um bairro comercial de maioria muçulmana. Os militares realizavam uma patrulha de rotina quando, pouco depois de 7h da noite, hora local, foram alvos de tiros de armas ligeiras, disparados por um grupo armado.
Os militares portugueses abriram fogo e jogaram gás lacrimogéneo levando à fuga dos criminosos.
O diretor de comunicação da Minusca afirmou que este é o primeiro ataque contra boinas-azuis no PK5 desde que a violência retornou ao bairro no fim do ano passado.
Verhoosel lembrou que o líder do grupo envolvido, Nimery Matar Jamous, tinha ameaçado, na quarta-feira, que "atacaria os boinas-azuis".
Portugal
Portugal integra a missão da ONU no país africano desde 2017, tendo renovado a presença no início deste ano.
Ao todo, o contingente é composto por 159 militares, dos quais 21 estão no terreno desde meados de fevereiro, sediados em Bangui. Os outros 138 chegaram no mês passado.
Em finais de março, o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, visitou a força portuguesa e os militares que comandam a missão de treino na União Europeia.
Apresentação: Alexandre Soares