Pesquisadores do Brasil e de Portugal recebem prêmio da Unesco
Ivan Antonio Izquierdo, do Centro de Memória do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul, foi reconhecido pelas suas descobertas sobre mecanismos dos processos de memória; Rui Luís Gonçalves Reis, da Universidade do Minho, tem dado “contribuições inovadoras” à medicina regenerativa; entrega do prêmio ocorreu na Guiné Equatorial.
A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, entregou recentemente o Prêmio Internacional Unesco-Guiné Equatorial para Pesquisa em Ciências da Vida.
A cerimônia aconteceu em Sipopo, Malabo, no país africano, com a distinção sendo entregue pelo presidente guineense, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, e pela diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay.
Brasil
Foram três os premiados: a Organização de Pesquisa em Agricultura do Centro Volcani, em Israel, e os pesquisadores Rui Luís Gonçalves dos Reis, de Portugal, e Ivan Antonio Izquierdo, do Brasil.
Izquierdo é coordenador do Centro de Memória do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul, que pertence à Pontifícia Universidade Católica, PUC-RS.
Memória
Segundo a Unesco, ele foi reconhecido por suas descobertas sobre os mecanismos dos processos de memória e como isso pode ajudar no tratamento de distúrbios psicológicos e doenças neurodegenerativas, além de auxiliar no processo de envelhecimento das pessoas.
De Porto Alegre, Izquierdo explicou à ONU News que ter uma boa memória é essencial para a qualidade de vida e deu dicas de como as pessoas podem prevenir a perda da memória.
“Ler é a atividade principal, é a atividade que mais favorece em si a memória. Em geral, as funções cerebrais quanto mais se usam, melhor vão funcionar. As outras dicas são ter uma dieta boa, uma dieta equilibrada, praticar exercício físico como preventivo e como tratamento da memória.”
Qualidade de vida
Além do investigador Ivan Antonio Izquierdo, a Unesco premiou também o português Rui Luís Gonçalves dos Reis, da Universidade do Minho, por suas “contribuições inovadoras ao desenvolvimento e engenharia de biomateriais naturais e suas aplicações na medicina regenerativa, em células-tronco e na aplicação de medicamentos”. A Unesco destaca que essas pesquisas tem um grande potencial de melhorar a vida humana.
A instituição israelense ganhou o prêmio por desenvolver metodologias de ponta em pesquisa agrícola, focando na segurança alimentar em áreas de deserto ou em solos áridos.
Esta foi a quarta edição do prêmio Unesco em parceria com a Guiné-Equatorial, reconhecendo projetos de pesquisa científica que levaram a uma melhoria da qualidade de vida das pessoas.
Cada premiado recebeu uma escultura do artista guineense Leandro Mbomio Nsue, um diploma e US$ 100 mil.
Apresentação: Leda Letra.