Aulas pelo celular podem ser solução para garantir acesso dos refugiados à educação
Cultura e educação
Segundo a Unesco, 93% dos refugiados vivem em áreas onde há cobertura de celular e 39% estão em casas com acesso à internet; relatório é apresentado durante Semana de Aprendizagem Móvel.
A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, promove até sexta-feira a Semana de Aprendizagem Móvel, na sua sede em Paris, França.
Neste ano, o evento tem o tema: “Habilidades para um mundo conectado”, com os participantes trocando conhecimentos sobre como governos e parceiros podem atingir metas ligadas ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4.
Potencial do celular
O ODS busca garantir que até 2030 todas as pessoas do planeta tenham acesso à educação de qualidade, promovendo também oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos.
A Unesco apresenta nesta terça-feira, durante o evento, um relatório sobre o potencial da tecnologia móvel para garantir que todos os refugiados tenham acesso à educação.
A agência destaca que dos 22,5 milhões de refugiados, 93% vivem em áreas onde há cobertura de telefone celular e 39% das famílias têm telefones com acesso à internet.
Necessidade básica
O relatório nota que “entre os refugiados, estar conectado é visto como uma necessidade básica, assim como ter educação, roupas para vestir e cuidados de saúde”.
A Unesco explica que o uso das tecnologias móveis pode ajudar a ampliar os conhecimentos dos refugiados e ao mesmo tempo, promover seu bem-estar, especialmente quando o contato face a face fica difícil para quem passou por grandes traumas ou tem algum problema de saúde mental.
A diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, declarou que “as tecnologias móveis já têm papel central na vida dos refugiados, fornecendo acesso à informação vital e às redes sociais”.
Segundo ela, com a internet, é possível garantir soluções de aprendizagem flexíveis, permitindo que refugiados em circunstâncias diversas possam ter acesso à educação, que é um direito humano básico. Com isso, eles “podem caminhar para um futuro de estabilidade e esperança”