Após três anos de conflito no Iêmen, mais de 22 milhões precisam de ajuda
Unicef lembra que número de vítimas pode subir para mais 1 milhão nos próximos meses; já chefe de Programa Mundial de Alimentação, PMA, afirma que partes em combates têm que respeitar direito humanitário.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, destaca que três anos de guerra fizeram duplicar o índice de desnutrição severa aguda no Iêmen.
Mais de 200 mil crianças sofrem de desnutrição aguda severa, a que mais ameaça a vida. O diretor regional da agência para o Médio Oriente e Norte de África, Geert Cappelaere, disse que pelo menos cinco crianças morrem por dia devido ao conflito no país.
Crianças
Em 2015, o Iêmen tinha um dos maiores casos de desnutrição aguda grave em todo o mundo. Com a guerra, o número duplicou e o país tem o maior número índice do mundo que ainda pode piorar.
Um novo vídeo do Unicef destaca o impacto do conflito no Iêmen, considerado como sendo uma das piores crises humanitária do mundo.
O lançamento marca o terceiro aniversário da intervenção da coligação liderada pela Arábia Saudita ao país, nesta segunda-feira. A ofensiva quer evitar que os rebeldes houthis, que derrubaram o governo iemenita, cheguem ao poder.
Acesso
O número de pessoas que recebem auxílio deve subir dos atuais 7 milhões para 8 milhões nos próximos meses. Mas segundo a ONU, ao todo mais de 22 milhões de iemenitas precisam de ajuda para sobreviver.
O diretor-executivo do Programa Mundial de Alimentação, PMA, David Beasley, destaca como sofrem as vítimas inocentes do conflito.
O número de pessoas que enfrentam insegurança alimentar corresponde a 60% da população do país árabe.
No vídeo, ele pede que qualquer uma das partes envolvidas no conflito respeite o direito humanitário, os direitos dos inocentes e permita o acesso necessário para fornecer a ajuda.
Cólera
Além do PMA e do Unicef, as ações humanitárias no terreno contam também com o envolvimento de mais de 190 entidades internacionais incluindo a Organização Mundial da Saúde, OMS.
Milhões de pessoas não têm água potável e saneamento adequado no país onde, no ano passado, morreram milhares de pessoas devido ao surto de cólera.