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ONU encerra Missão na Libéria em cerimônia com vice-secretária-geral

Durante os 15 anos de atuação a Unmil ajudou a desarmar 100 mil combatentes.
Unmil/Staton Winter
Durante os 15 anos de atuação a Unmil ajudou a desarmar 100 mil combatentes.

ONU encerra Missão na Libéria em cerimônia com vice-secretária-geral

Paz e segurança

Amina Mohammed ressalta progressos alcançados pelo país em 15 anos; Unmil foi criada num momento em que a Libéria estava destruída pelo conflito, com uma “população traumatizada”; 200 soldados de paz morreram em missão.

A vice-secretária-geral da ONU participou esta sexta-feira em Monróvia, capital da Libéria, da cerimônia de encerramento da Missão da ONU no país, Unmil. Amina Mohammed destacou os progressos alcançados pelo país nos últimos 15 anos.

Segundo ela, quando a Unmil foi criada, em 2003, a Libéria tinha sido “revirada pelo conflito, com uma população traumatizada e sem esperança para os jovens, principalmente para mulheres e crianças”.

Mortes

Os serviços públicos “estavam em baixa, a infraestrutura em ruínas, a economia destruída e a polícia nacional e o Exército estavam desintegrados”, nas palavras de Amina Mohammed.

Ela lembrou que mais de 250 mil pessoas foram mortas na guerra civil liberiana, sendo que 80% das mulheres e meninas enfrentaram violência sexual devido ao conflito.

A vice-chefe da ONU aproveitou a cerimônia para reconhecer o “papel importante das mulheres da Libéria para o alcance da paz. Ela também prestou uma homenagem especial aos 200 soldados de paz que morreram enquanto serviam a Unmil.

Reconstrução

Amina Mohammed disse que o encerramento da Missão é um momento para se sentir orgulho do trabalho feito no país. Ela disse que a Unmil “cumpriu seu mandato com distinção, deixando um país com enorme potencial para a paz e a estabilidade duradouras”.

Durante os 15 anos de atuação, a Unmil ajudou a desarmar 100 mil combatentes, além de ter protegido milhões de civis, ajudado na reconstrução da polícia e de instituições públicas e facilitado o acesso de entrega humanitária.

Amina Mohammed destacou, entretando, que a paz na Libéria depende do desenvolvimento sustentável e do respeito aos direitos humanos.