Perspectiva Global Reportagens Humanas

Conselho de Segurança recebe informação sobre uso de armas químicas na Síria

Conselho de Segurança da ONU.
Foto ONU: Eskinder Debebe
Conselho de Segurança da ONU.

Conselho de Segurança recebe informação sobre uso de armas químicas na Síria

Paz e segurança

Chefe da Organização para a Proibição de Armas Químicas, Opaq, Ahmet Üzümcü, participou de encontro, na sede da ONU, assim como a alta representante para o Desarmamento, Izumi Nakamitsu.

O Conselho de Segurança recebeu esta terça-feira informação sobre uso de armas químicas na Síria. O diretor-geral da Organização para a Proibição de Armas Químicas, Opaq, Ahmet Üzümcü, e a alta representante para o Desarmamento, Izumi Nakamitsu, falaram no encontro.

No final da reunião, o presidente do Conselho de Segurança, o embaixador holandês Karel van Oosterom, leu uma declaração sobre o encontro.

Segundo o documento, os 15 Estados-membros “reafirmam que o uso de armas químicas constitui uma violação séria da lei internacional” e reiteram que “os indivíduos, entidades, grupos ou governos responsáveis por qualquer uso de armas químicas devem ser responsabilizados.”

Investigação

A Opaq tem uma missão na Síria que investiga a destruição do arsenal de armas químicas do pais, bem como alegações de uso continuado destas armas. Na declaração, o Conselho de Segurança elogia este trabalho da Opaq e pede que sejam mantidas as condições para que atue de forma independente.

Numa declaração a jornalistas, o diretor-geral da Opaq, Ahmet Üzümcü, explicou que a organização investiga várias alegações de uso de gás cloro. Segundo ele, algumas são atribuídas ao governo sírio e outras a grupos armados de oposição.

Uzumcu afirmou que os especialistas analisaram várias alegações de uso de armas químicas na cidade de Afrin, mas que não encontraram informação credível para iniciar uma investigação.

Reino Unido

Questionado pelos jornalistas, o diretor-geral também se referiu ao alegado uso de gás neurotóxico num ataque no Reino Unido.

O diretor-geral confirmou que a Opaq enviou especialistas para o país, a pedido do governo britânico, e que estão a ser recolhidas amostras para ser analisadas. Os resultados devem estar prontos daqui a, pelo menos, três semanas.