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Defensoras de direitos humanos são espancadas em prisão no Irã BR

Ativistas foram condenadas por defender os direitos humanos
Foto ONU: Martine Perret
Ativistas foram condenadas por defender os direitos humanos

Defensoras de direitos humanos são espancadas em prisão no Irã

Direitos humanos

Especialistas de direitos humanos da ONU estão muito preocupados com relatos; duas ativistas apanharam na cadeia após começaram greve de fome por maus tratos.

Especialistas da ONU* em direitos humanos estão preocupados com a situação dos defensores de direitos humanos no Irã após relatos de que duas ativistas foram espancadas na cadeia.

Atena Daemi e Golrokh Ebrahimi Iraee foram transferidas de prisão no dia 24 de janeiro, depois de terem sido vítimas de maus tratos. Logo depois, elas começaram uma greve de fome em protesto e foram agredidas novamente. No dia 12 de março, as duas defensoras de direitos humanos apanharam de guardas após uma confusão e foram transferidas para a ala geral da prisão.

Motivos das prisões

Segundo os especialistas da ONU, Atena Daemi foi condenada a sete anos por seu trabalho de direitos humanos, como distribuir panfletos e escrever comentários nas redes sociais contra a pena de morte.

Golrokh Ebrahimi Iraee está cumprindo sentença de três anos por ter escrito uma história de ficção sobre mulheres apedrejadas até a morte por conta de adultério.

Padrão

Os representantes de Direitos Humanos da ONU já tentaram conversar com as autoridades do Irã, mas sem sucesso. Eles pedem que as duas ativistas sejam libertadas, assim como todas as pessoas que estão presas “por exercer seus direitos à liberdade de expressão e a reunião pacífica”.

Outro apelo é para que as defensoras recebam cuidados médicos. Segundo os especialistas da ONU, o caso é mais um exemplo de “um padrão de assédio, intimidação e detenção de todos aqueles que participam de atividades pacíficas e legítimas na defesa dos direitos humanos”.

*A nota é assinada por Michel Frost, relator especial sobre a situação dos defensores de direitos humanos; Dubravka Simonovic, relatora especial sobre violência contra as mulheres, suas causas e consequências; David Kaye, relator especial sobre a promoção e proteção do direito à liberdade de opinião e de expressão e Nils Melzer, relator especial sobre tortura e outros tratamentos cruéis e desumanos.

Os relatores especiais fazem parte do Conselho de Direitos Humanos da ONU, mas trabalham de forma independente, sem receber salário.