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ONGs de Mulheres Negras Brasileiras participam em encontro na ONU

Um dos eventos da CSW deste ano foi o lançamento da Plataforma de campeões.
Foto: ONU Mulheres/Ryan Brown
Um dos eventos da CSW deste ano foi o lançamento da Plataforma de campeões.

ONGs de Mulheres Negras Brasileiras participam em encontro na ONU

Mulheres

Decorre em Nova Iorque 62ª Sessão da Comissão sobre Estatuto da Mulher; tema é mulheres e meninas rurais no mundo.

A Articulação de ONGs de Mulheres Negras Brasileiras, Amnb, está a participar na  62ª Sessão da Comissão sobre o Estatuto da Mulher, CSW, em Nova Iorque. A sua secretária-executiva,Valdecir Nascimento, disse à ONU News que o objetivo é “promover a equidade e as condições de igualdade para as mulheres negras no Brasil.”

“Os compromissos do Brasil estão concentrados na questão da violência. É preciso discutir como o Brasil vai assumir compromissos, aqui na CSW, no sentido de fortalecer, garantir a autonomia e combater a violência de todas as mulheres, em geral, e das mulheres negras, em particular.”

Caso brasileiro

Segundo a representante, a sociedade civil reivindica que sejam montados “sistemas de combate à violência, mas também de acesso ao crédito, de acesso às tecnologias, de acesso a um conjunto de técnicas e recursos.”

Até 23 de março, a CSW destaca desafios e oportunidades para alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres e meninas rurais no mundo.

Sobre este tema, Valdecir explica que “o Brasil é um país com uma grande extensão territorial rural, com um número significativo de mulheres negras, mulheres quilombolas, e mulheres tradicionais que estão a lidar com à terra.”

CSW63

O tema da Comissão sobre o Estatuto da Mulher no próximo ano será mulheres afro-descendentes. Valdecir Nascimento diz que a presença no evento deste ano serve também para preparar a participação em 2019.

“Estamos aqui para construir essa articulação com mulheres africanas, com mulheres latino americanas, com mulheres afro-europeias, para que a gente ganhe uma visibilidade dentro da CSW no ano que vem e que a gente assegure que os nossos países possam assumir compromissos que modifiquem a nossa condição.”

A secretária-executiva da Amnb explicou que o grande objetivo é perceber como é que “as mulheres negras podem alcançar patamares de igualdade no mundo equivalentes a sua produção econômica e quantidade de riqueza produzida.”

Valdecir, que também é coordenadora do Odara - Instituto da Mulher Negra, disse que existem cerca de 52 milhões de mulheres negras no Brasil e que estas pessoas são as que estão “na condição de maior vulnerabilidade.”

 

Apresentação: Alexandre Soares