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Reunião na ONU avalia acesso das mulheres às tecnologias de informação BR

CSW avalia benefícios das tecnologias digitais para a autonomia das mulheres
Foto: ITU/A.Mhadhbi
CSW avalia benefícios das tecnologias digitais para a autonomia das mulheres

Reunião na ONU avalia acesso das mulheres às tecnologias de informação

Mulheres

Sessão anual da Comissão da ONU sobre o Estatuto da Mulher analisa como novas mídias e tecnologias podem contribuir para a autonomia feminina; participando do encontro como entidade da sociedade civil, Legião da Boa Vontade destaca importância da educação digital.

Representantes de governos e da sociedade civil participam, na sede das Nações Unidas, da 62ª sessão da Comissão sobre o Estatuto da Mulher, CSW. As reuniões seguem até 23 de março, debatendo as condições das mulheres que vivem nas zonas rurais.

Outro objetivo da CSW neste ano é fazer uma revisão sobre o acesso e a participação das mulheres na mídia e como as tecnologias da informação e da comunicação podem ajudar no empoderamento das mulheres.

Poder das redes sociais

A Organização Não-Governamental Legião da Boa Vontade participa dos debates da CSW. O representante da LBV na ONU destaca que as novas tecnologias, como a internet, não são mais opção e sim “uma necessidade”.

Ao ser entrevistado pela ONU News, em Nova Iorque, Danilo Parmegiani explicou como o mundo digital pode ajudar as mulheres a melhorar sua situação socioeconômica.

“O e-commerce, que é justamente essa modalidade de você ter o empreendedorismo social via internet, tem crescido e é uma ferramenta muito importante porque pelas redes sociais, por exemplo, as mulheres podem atingir um mercado maior, podem fazer a divulgação dos seus trabalhos, das suas produções, para um âmbito até internacional e ganhar visibilidade e com isso, obterem melhores chances para que haja mobilidade social.”

Educação pela internet

Danilo Parmegiani falou também sobre o conceito da educação digital, tema discutido na CSW e que para a LBV chega a ser um direito humano fundamental.

Segundo o representante da entidade, a educação digital tem um papel importante de promoção da inclusão.

“A perspectiva na questão da educação digital ficou invertida. Antigamente, aquela formação de 30, 40 alunos para um professor se inverteu. Hoje temos um aluno em torno de 30 professores virtuais podendo enriquecer todo esse conteúdo acadêmico que ele precisa aprender. É também imprevisível pra onde a tecnologia vai nos levar. Mas é muito importante que possamos sempre focar que nós podemos fazer uso de tudo isso de uma maneira responsável.”

Danilo Parmegiani destaca que nos últimos anos, dois terços das 35 mil pessoas que frequentaram cursos de educação digital da LBV no Brasil eram mulheres e meninas.