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Guterres está “muito preocupado” com ataque químico no Reino Unido

António Guterres.
ONU/Mark Garten
António Guterres.

Guterres está “muito preocupado” com ataque químico no Reino Unido

Paz e segurança

Conselho de Segurança debateu ataque com gás neurotóxico ocorrido no início deste mês, em Salisbury no Reino Unido; secretário-geral diz que uso é violação da lei internacional.

O porta-voz do secretário-geral da ONU, Farhan Haq, disse na quarta-feira que António Guterres “está muito preocupado” com alegações de uso de gás neurotóxico “para ferir ou matar pessoas” num ataque no Reino Unido.

Segundo Haq, “o uso de gás neurotóxico como arma, sob qualquer circunstância, é inaceitável e o seu uso por um Estado constitui uma séria violação da lei internacional.” 

Conselho de segurança

O vice-embaixador do Reino Unido junto à ONU, Joanthan Allen, disse quarta-feira numa sessão de emergência no Conselho de Segurança, que a Rússia cometeu um “ato indiscriminado e imprudente contra o Reino Unido.” Já o embaixador russo, Vassily Nebenzia, exigiu provas e afirmou que o país não tem nada a ver com o ataque.

Segundo agências de notícias, Sergei Skripal, um ex-agente de inteligência russo, e a filha dele Yulia, foram encontrados inconscientes num banco da cidade de Salisbury, no Reino Unido, em 4 de março.

Investigação

O embaixador Allen explicou que “investigações feitas por especialistas de classe mundial” concluíram que “foi usado um veneno chamado novichok, um gás neurotóxico de classe militar de um tipo desenvolvido pela Rússia.”

Assista ao vídeo do briefing a jornalistas (em inglês).

O embaixador russo respondeu dizendo que “nenhuma investigação cientifica com o título novichok foi conduzida” no seu país.

Segundo Nebenzia, “a origem mais provável deste agente são os países que fizeram investigação sobre estas armas, incluindo o Reino Unido.”

Allen afirmou que “com base no conhecimento de que a Rússia produziu no passado este agente”, o Reino Unido concluiu ser “altamente provável que a Rússia é responsável por este ato imprudente.”

Para o diplomata, existem apenas duas explicações: “um ataque direto da Rússia” ao seu país, ou a perda de controle da Rússia sobre “um gás classe militar por eles desenvolvido.”