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Forças Democráticas Aliadas por trás de ataques à ONU na RD Congo

As forças de paz na República Democrática do Congo sofreram três ataques recentemente.
Foto: Monusco
As forças de paz na República Democrática do Congo sofreram três ataques recentemente.

Forças Democráticas Aliadas por trás de ataques à ONU na RD Congo

Paz e segurança

Grupo rebelde usou mesmo modos operandi durante as três ações contra soldados de paz; investigação especial nota que treinamentos da Monusco precisam melhorar; Guterres condena ataques na Burkina-Fasso, enquanto na Nigéria, trabalhadores humanitários são mortos.

As Nações Unidas divulgaram esta sexta-feira alguns resultados da investigação especial feita sobre três ataques recentes às forças de paz na República Democrática do Congo.

Foi concluído que foi utilizado o mesmo modus operandi nas ações contra os boinas-azuis e todas as evidências apontam para o grupo rebelde ugandês Forças Democráticas Aliadas como os autores dos ataques.

Estratégia

A equipe de investigação também encontrou algumas falhas na postura e no treinamento da Monusco, a Missão da ONU na RD Congo.

Foi feita uma recomendação para que a Monusco e os países que contribuem com tropas busquem estratégias para que os capacetes-azuis se tornem mais ágeis e preparados para operações em áreas remotas.

Em uma outra nota sobre a África, o secretário-geral da ONU condenou os ataques ocorridos à embaixada da França e à sede do Exército de Burkina Fasso.

Mortes

A violência ocorreu nesta sexta-feira, na capital Uagadugu. Além de prestar solidariedade, António Guterres pediu para seu enviado especial para África Ocidental, Mohammed ibn Chambas, para viajar o quanto antes para Burkina Fasso.

Por sua vez, o coordenador humanitário da ONU na Nigéria, Edward Kallon, condenou o assassinato de três trabalhadores humanitários no estado de Borno, nordeste do país.

Um grupo armado realizou um ataque na cidade de Rann, ferindo outros três trabalhadores e existe o receito de que uma enfermeira tenha sido sequestrada. Entre os profissionais humanitários mortos, dois trabalhavam para Organização Internacional para Migrações, OIM e o outro era consultor do Unicef.