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Unesco: Uma em cada cinco crianças não vai à escola

Não houve evolução nos últimos cinco anos nesta área.
Foto: Sarah Farhat/Banco Mundial
Não houve evolução nos últimos cinco anos nesta área.

Unesco: Uma em cada cinco crianças não vai à escola

Cultura e educação

Não houve evolução nesta área nos últimos cinco anos; ONU quer que todas as crianças completem ensino primário e médio até 2030.

Uma em cada cinco crianças, adolescentes e jovens de todo o mundo não vai à escola, segundo um relatório da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco.

A agência da ONU diz que, apesar dos esforços da comunidade internacional, não houve progresso nesta área. No total, são 263 milhões de pessoas fora das salas de aula, um número que não sofreu alterações nos últimos cinco anos.

Direitos

A diretora-geral da agência da ONU, Audrey Azoulay, acredita que “estes novos números mostram de forma clara o tamanho da diferença que precisa ser resolvida para garantir o acesso universal à educação.”

Azoulay explica que “são necessárias abordagens mais compreensivas e mais recursos para chegar a estas crianças, a quem é negado o direito à educação, prestando atenção especial às meninas.”

A Unesco lembra que o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4 é dedicado à educação e estabelece que todas as meninos e meninos devem completar a sua educação primária e média até 2030.

Diferenças

O sucesso nesta área varia segundo a idade das crianças e o país onde vivem.

No ensino primário, 9% das crianças entre os seis e os 11 anos não está matriculada na escola. O número sobe no escalão etário entre os 12 e os 14 anos. Nessas idades, uma em cada três crianças está fora do sistema de educação.

A nível regional, a África Subsaariana tem os piores resultados, com um terço desta população excluída, sendo a situação pior para o sexo feminino. Por cada menino que não estuda, existem 123 meninas na mesma situação.

O relatório também destaca a diferença entre países. Em nações de baixo rendimento, 59% dos jovens em idade de ensino secundário estão fora da escola. Nos países de alto rendimento, esse número é de apenas 6%.