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OMS e parceiros tentam evitar falha do sistema de saúde em Gaza BR

A OMS acredita que se os postos de saúde forem fechados por falta de dinheiro, quase 1,3 milhão de pessoas serão afetadas diretamente.
Unicef/NYHQ2014-1012/D'Aki
A OMS acredita que se os postos de saúde forem fechados por falta de dinheiro, quase 1,3 milhão de pessoas serão afetadas diretamente.

OMS e parceiros tentam evitar falha do sistema de saúde em Gaza

Ajuda humanitária

Organização Mundial da Saúde pede US$ 11,2 milhões para ações prioritárias para 1,27 milhão de pessoas por três meses; caso verba não seja assegurada, 1715 pacientes podem correr risco de morte incluindo 113 recém-nascidos.

Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.

A grave situação humanitária em Gaza está ameaçando a saúde dos moradores da região. Em comunicado, a Organização Mundial da Saúde, OMS, afirmou que 1715 pacientes correm risco de morrer se não houver um fundo de emergência.

A OMS e seus parceiros precisam de US$ 11,2 milhões para ações prioritárias para quase 1,3 milhão de pessoas em Gaza, nos próximos três meses.

Cirurgias

A agência da ONU alerta para uma falha total do sistema. Dos pacientes que correm risco, 113 são recém-nascidos, 100 estão em unidade de tratamento intensivo e 702 recebem tratamento de hemodiálise.

Ainda existem 300 pacientes precisando de cirurgias e 500 de cuidados de emergência.

Os territórios palestinos sofrem com racionamento de energia elétrica e falta de combustível para geradores, o que tem um impacto severo sobre serviços básicos de fornecimento de água, saneamento, saúde e tratamento de lixo.

A situação está mais difícil este mês quando esses serviços ficaram à beira do colapso com falta de energia e apagões, que colocaram os pacientes dos hospitais sob risco.

A OMS acredita que se os postos de saúde forem fechados por falta de dinheiro, quase 1,3 milhão de pessoas serão afetadas diretamente.

O Ministério da Saúde palestino fechou temporariamente os hospitais de Beit Hanoun, Durrah e o Hospital Psiquiátrico, além de várias clínicas. Os medicamentos também estão acabando. Por causa do racionamento de energia, o fornecimento de água é feito de 3 a 5 horas por dia e 96% da água entregue não são apropriados para o consumo.