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Acnur evacua mil refugiados líbios para Itália e Níger

Refugiados líbios chegam ao aeroporto militar, Pratica di Mare, na Itália.
Acnur/Alessandro Penso
Refugiados líbios chegam ao aeroporto militar, Pratica di Mare, na Itália.

Acnur evacua mil refugiados líbios para Itália e Níger

Migrantes e refugiados

Processo começou em novembro; agência da ONU espera retirar milhares de refugiados do país durante este ano.

Alexandre Soares, da ONU News em Nova Iorque.

Desde novembro, a Agência da ONU para Refugiados, Acnur, evacuou para Níger e para a Itália mais de mil refugiados vulneráveis líbios. 

O enviado especial da ONU para o Mediterrâneo Central, Vincent Cochetel, disse que “estas evacuações ofereceram uma segunda oportunidade na vida para mais de mil refugiados que estavam na Líbia e tinham sofrido de forma tremenda.”

Operação continua

Na terça-feira, 128 pessoas foram levadas para Niamey, no Níger, e para Roma, capital da Itália. Com estas pessoas, o total de refugiados retirados durante a operação subiu para 1048.

A maioria destes refugiados, 770, foram acolhidos pelo Níger, tendo 312 sido levados para Itália. O grupo inclui mães solteiras, crianças desacompanhadas e famílias que tinham sido detidas por longos períodos de tempo.

Assim que chegam, estas pessoas recebem um check-up médico, uma refeição quente, roupas novas, e são levadas para centros de acolhimento.

O enviado especial diz que o Acnur pretende evacuar “mais milhares” de pessoas durante o ano de 2018.

Mais disponibilidade 

Cochetel diz que “estas evacuações são o melhor exemplo do impacto que a solidariedade internacional pode ter sobre os refugiados.”

O enviado especial avisa, no entanto, que a agência procura mais países disponíveis para acolher pessoas desta zona do globo. O Acnur recebeu apenas 16.940 ofertas de vagas para pessoas dos 15 países prioritários no Mediterrâneo Central, e precisa de muitas mais.

Cochetel pede “a todos os países que avancem com vagas adicionais que possam ser uma solução tangível para muitos outros refugiados que ainda estão na Líbia.”