Brasileira entre atletas destacadas por pioneirismo pela ONU Mulheres
A ginasta Adrielle Alexandre está entre as seis atletas que a agência diz que rompeu barreiras em suas carreiras; reportagem coincide com abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno nesta sexta-feira na Coreia do Sul.
Alexandre Soares, da ONU News em Nova Iorque.
A ONU Mulheres destacou a ginasta brasileira Adrielle Alexandre como uma das seis atletas, que segundo a agência, estão “a mudar o mundo do desporto” por terem rompido barreiras em suas carreiras.
No dia em que começam os Jogos Olímpicos de Inverno, a agência das Nações Unidas diz que a adolescente brasileira, de apenas 12 anos, mostra que as mulheres estão cada vez mais visíveis no desporto.
Adrielle carregou a tocha olímpica em 2016, quando o Brasil acolheu os jogos de verão, e foi uma das 400 meninas que participaram no programa "One Win Leads to Another" que numa tradução livre quer dizer: Uma vitória leva à outra.
O programa coordenado pelo Comité Olímpico Internacional, COI, e várias organizações brasileiras, tenta empoderar as meninas através do desporto, ensinando autoestima, educando contra a violência e outros pontos.
Numa entrevista à ONU Mulheres, Adrielle disse que aprendeu com o desporto que “é preciso esforço para ter sucesso”.
A ginasta disse que “ser um vencedor é sobre tornar sonhos realidade, ajudar os outros e transformar as comunidades em locais livres de violência e cheios de respeito.”
Adrielle Alexandre integra uma lista de seis atletas.
A agência destacou também as futebolistas Abby Wambach, dos Estados Unidos, Hajra Khan, do Paquistão, e Khalida Popal, do Afeganistão. Mereceram ainda a menção da ONU Mulheres, Flor Isava-Fonseca, da Venezuela, a primeira mulher eleita para o COI, e a pugilista Stela Savin, da Moldávia.
A agência da ONU lembra que a chegada das mulheres nas Olimpíadas ocorreu apenas em 1900, durante os Jogos de Paris. E somente 112 anos depois, nos Jogos de Londres, as mulheres foram autorizadas a competir em todas as modalidades.