Michelle Bachelet presidirá comissão da Organização Pan-Americana da Saúde

Presidente do Chile deixa o cargo em 11 de março, quando assume o novo mandatário do país; nova função deve impulsionar acesso por cobertura de saúde universas nas Américas.

Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.

A Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, confirmou que a presidente do Chile, Michelle Bachelet, será a nova chefe da Comissão da agência para promover o acesso à cobertura universal de saúde nas Américas.

Em comunicado, a Opas, o trabalho do grupo será promover soluções que ampliem o acesso até 2030 sem que ninguém seja esquecido.

O convite à Bachelet, que deixará a Presidência do Chile em 11 de março, foi feito pela diretora da Opas, Carissa Etienne.

 Igualdade

Segundo ela, a presidente, que também é medica de formação, tem liderança e compromisso, que são elementos-chave para empoderar as pessoas e as comunidades da busca da igualdade e da realização do direito à saúde.

Quatro décadas depois da Declaração Alma-Mata, que defendia a saúde par todos no ano 2000, cerca de 30% da população da região ainda não tem acesso a cuidados médicos por motivos econômicos.

E 21% dos habitantes das Américas não conseguem acesso a hospitais e postos de saúde por barreiras geográficas.

O compromisso de alcançar a saúde universal até 2030 foi feito pelos países-membros da ONU, em 2015, ao aprovarem a Agenda de Desenvolvimento Sustentável.  A Comissão irá debater como os programas nacionais estão implementando as mudanças.

Recomendações

Michelle Bachelet afirmou que com o envelhecimento acelerado da população e as doenças transmissíveis é preciso dar uma resposta com urgência e aplicar políticas que combatem as desigualdades.

Para a presidente, deixar de fazer este trabalho é negar à região a possibilidade de obter um desenvolvimento sustentável.

Ao final do trabalho, a Comissão divulgará um relatório com recomendações para melhorar os sistemas de saúde das populações excluídas.

Além de presidente do Chile participam do grupo também a brasileira Laís Abramo, diretora da Comissão das Nações Unidas para América Latina e Caribe, Cepal e outros representantes da sociedade civil e ex-autoridades da América Latina e do Caribe.