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EUA: reforma fiscal pode ajudar a repatriar até US$ 2 trilhões em investimentos BR

Um quarto destes investimentos estão em países em desenvolvimento.
Foto ONU/Stuart Price
Um quarto destes investimentos estão em países em desenvolvimento.

EUA: reforma fiscal pode ajudar a repatriar até US$ 2 trilhões em investimentos

Desenvolvimento econômico

Medidas afetam empresas que concentram 50% do investimento estrangeiro direito; mudanças foram adotadas em dezembro.

Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.

A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, Unctad, informou que as novas regras fiscais nos Estados Unidos podem levar até US$ 2 trilhões de volta ao país em investimentos.

As mudanças terão impacto importante sobre os padrões de investimento estrangeiro direto.

Empresas

A previsão consta do relatório da Unctad, Monitoramento de Tendências do Investimento Global, divulgado nesta segunda-feira em Genebra.

O diretor da Divisão de Investimento da agência da ONU, James Zhan, lembrou a experiência similar de 2005, que levou empresas multinacionais a investirem nos Estados Unidos.

A reforma fiscal norte-americana foi adotada em dezembro. As mudanças no sistema de impostos corporativos influenciarão tanto os investimentos nos Estados Unidos como os investimentos feitos por suas empresas no exterior.

Quase a metade da carteira de investimentos está nos Estados Unidos ou é de propriedade de multinacionais norte-americanas.

Cinco gigantes

As cinco maiores empresas de alta tecnologia como Apple, Microsoft, Cisco, Alphabet e Oracle, têm juntas mais de US$ 530 bilhões em dinheiro vivo, no exterior.  E 25% da soma total de ativos líquidos podem estar disponíveis na repatriação.

As medidas também podem causar uma queda da posição dos Estados Unidos na lista de investimentos estrangeiros diretos. Atualmente, são US$ 6,4 trilhões e com a mudança, o número pode ser reduzido para US$ 4,5 trilhões.

Um quarto destes investimentos estão em países em desenvolvimento.

Uma outra preocupação é com a possibilidade de novas fusões de empresas e aquisições, uma vez que o montante de dinheiro vivo no exterior fique livre.