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Brasileira vence concurso da ONU sobre sobreviventes do Holocausto BR

Brasileira vence concurso da ONU sobre sobreviventes do Holocausto

Pôster criado pela designer Júlia Cristofi, de 26 anos, chama a atenção para civis que são de fato, a “memória viva” do Holocausto; trabalho está sendo exibido na sede da ONU, ao lado de outras 11 imagens selecionadas.

Leda Letra, da ONU News em Nova Iorque. 

A designer brasileira Júlia Cristofi é a vencedora de um concurso internacional promovido pela ONU sobre o Holocausto. Entre mais de 150 concorrentes, 12 pôsteres foram escolhidos para a exposição “Holocausto – Mantendo a Memória Viva”.

O pôster criado por Júlia, de 26 anos, ganhou o primeiro lugar na competição. A imagem traz retratos de sobreviventes do regime nazista e no centro, o símbolo Chai, que significa “vida” em hebraico.

Valorização

A designer conversou por telefone com o Centro de Informação da ONU no Brasil, Unic Rio, e explicou um pouco sobre sua proposta.

"Eles são a memória viva em si. É preciso que a sociedade dê mais importância a eles, dê atenção e perpetue mesmo o que eles têm a dizer. Acho importantíssimo, até porque para a gente que é brasileiro, aqui a gente tem a junção de todas as culturas. Todos nós somos resultado de pessoas que vieram de outros lugares, para de repente tentar escapar de um momento difícil em outro país. Eu não sou de origem judia, mas venho de família sírio-libanesa e italiana. Eu acho muito importante que a gente dê valor à nossa História.”

O pôster criado por Júlia está sendo exibido na sede da ONU, em Nova York, ao lado de trabalhos criados por artistas da Áustria, da China, de Israel, do Peru e da Rússia.

A exibição faz parte da programação especial da ONU para o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, lembrado sempre no dia 27 de janeiro. 

Os eventos deste ano giram em torno do tema Memória do Holocausto e Educação: Nossa Responsabilidade Compartilhada”. Segundo as Nações Unidas, mais de 6 milhões de judeus foram exterminados nos campos de concentração entre 1933 e 1945, sendo que mais de 1,5 milhão eram crianças.

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