ONU define cinco prioridades para avançar com ação humanitária na Síria
Organização não teve nenhum acesso a áreas isoladas em janeiro; plano de US$ 3,5 bilhões quer apoiar mais de 13 milhões de pessoas em todo o país; conflito provocou fuga de pelo menos 5,5 milhões de sírios para a região.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
As Nações Unidas revelaram que devem atuar em cinco áreas para avançar com ações humanitárias nas áreas afetadas pelo conflito na Síria.
A informação foi dada esta terça-feira ao Conselho de Segurança pela secretária-geral assistente para os Assuntos Humanitários.
Necessidades
Ursula Mueller disse ao órgão que a primeira meta é finalizar o plano de resposta da ONU para 2018, para o qual será preciso investir US$ 3,5 bilhões para satisfazer as necessidades de mais de 13 milhões de pessoas na Síria.
Em segundo lugar, as agências humanitárias precisam de um acordo para a retirada médica de centenas de pessoas que estão em estado de saúde crítico e isoladas na região de Goutha Oriental.
Parceria
O terceiro objetivo é melhorar o acesso humanitário no terreno. A ONU quer um acordo para que de quatro a cinco comboios com o Crescente Vermelho sejam autorizados a passar por semana e que essa operação seja consistente.
Escombros
Ursula Mueller contou que em quinto lugar são necessários arranjos para ajudar trabalho de ONGs para que estas sejam mais eficazes e tenham um papel mais importante para aliviar o sofrimento dos sírios.
A representante lembrou que pelo menos 5,5 milhões de sírios fugiram para os países vizinhos devido ao conflito, estando alguns distritos da cidade de Homs reduzidos a escombros.
Proteção
Um dos apelos é que as partes em conflito assegurem a proteção de civis e das infraestruturas como hospitais.
A vice-chefe humanitária citou a cidade de Raqqa como caso de maior preocupação porque mais de 50 mil civis retornaram, mas sofrem a ameaça de minas e outros explosivos.
Mais de 534 pessoas foram afetadas por explosões desde a saída do autoproclamado Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil, da área em outubro em 2017. Um quinto deles perdeu a vida.
As Nações Unidas continuam a ter desafios de acesso aos locais afetados pela violência e pedem mecanismos eficazes para assegurar a rápida entrega de apoio humanitário.
De acordo com a secretária-geral assistente para os Assuntos Humanitários, a ONU não teve qualquer acesso a áreas isoladas durante o mês de janeiro.
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