Guterres diz ser preciso rever estratégia para manutenção da paz em África

Parceria com a União Africana vai envolver diálogo com Conselho de Segurança, países contribuintes com fundos e soldados de paz; chefe da ONU termina fim de semana na Cimeira dos líderes africanos em Adis Abeba.
Parceria com a União Africana vai envolver diálogo com Conselho de Segurança, países contribuintes com fundos e soldados de paz; chefe da ONU termina fim de semana na Cimeira dos líderes africanos em Adis Abeba.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
As Nações Unidas vão atuar com a União Africana para “rever a estratégia de manutenção da paz, reorientá-la, torná-la mais forte e segura” no continente, com um maior apoio da comunidade internacional.
A declaração é do secretário-geral, António Guterres, no fim da sua presença na cimeira da União Africana em Adis Abeba. Na capital etíope, o chefe da ONU destacou que devem ser criadas as condições para um apoio adequado às forças africanas na aplicação das operações de paz e de combate ao terrorismo.
Contribuintes
Guterres revelou que uma das prioridades do plano é discutir um redesenho das forças de paz nas maiores operações em África com o Conselho de Segurança e países que contribuem com tropas ou fundos.
As situações urgentes são Sudão do Sul, República Democrática do Congo, República Centro-Africana e Mali, para que os seus mandatos sejam mais específicos, além de apoio a soluções políticas e à proteção dos civis.
A segunda prioridade é garantir que as forças de paz estejam melhor equipadas, preparadas, lideradas e com mais mobilidade, agilidade e capacidade para ações proativas para proteger populações e ao mesmo tempo aos próprios pacificadores.
Mandatos
Guterres disse que ficam como outros pontos para discutir com a comunidade internacional temas como os mandatos das operações de paz, o apoio político e financeiro e os efetivos para pacificar os países da região.
Para o secretário-geral, é preciso promover a paz, o combate ao terrorismo com forças africanas bem apoiadas, além de ter uma melhor aplicação do capítulo VII da Carta da ONU que prevê ações para impor a paz.
Ele destacou que o financiamento das operações de paz deve ser previsível e as contribuições melhores e obrigatórias.