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ONU destaca importância de educação ao lembrar vítimas do Holocausto BR

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ONU destaca importância de educação ao lembrar vítimas do Holocausto

Secretário-geral defendeu que todos têm como responsabilidade resistir ao racismo e à violência de formas clara e decisiva; Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto é assinalado neste sábado, 27 de janeiro.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.

O secretário-geral disse que com educação e entendimento pode-se construir um futuro de dignidade, de direitos humanos e uma coexistência pacífica para todos, em sua mensagem sobre o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.

António Guterres disse que na data são lembrados os 6 milhões de homens, mulheres e crianças judeus que morreram no Holocausto. Para o chefe da ONU, outras inúmeras pessoas também perderam a vida “quando a crueldade convulsionou o mundo”.

Responsabilidade

A data é assinalada este sábado, 27 de janeiro, sob o tema Lembrança do Holocausto e educação: nossa responsabilidade compartilhada.

Guterres declarou que décadas após a Segunda Guerra Mundial, observa-se que e o antissemitismo persiste, e existe um aumento de outras formas de preconceito.

Ele citou grupos de supremacistas brancos e neonazistas que “estão entre os principais promotores do ódio extremo”. Para o secretário-geral, com muita frequência “essas visões vis deslocam-se das margens para o meio da sociedade e da política.”

O chefe da ONU falou ainda da importância da união contra o que chamou de “normalização do ódio”.

Risco

Guterres acredita que todos ficam sob risco “quando os valores da humanidade são abandonados, onde quer que sejam”.

O secretário-geral defende que a responsabilidade coletiva é “resistir ao racismo e à violência de formas clara e decisiva.”

Em mensagem sobre a data, o alto comissário para o Direitos Humanos indica que ao lamentar e honrar as vítimas do Holocausto, o mundo deve rejeitar a negação de direitos humanos,  que “cria mais vítimas e gera mais ameaças à paz”.

Zeid Al Hussein pede aos países onde ainda há espaço para expressar pensamentos, participar de decisões e elevar a voz que “defendam os valores da Declaração Universal dos Direitos Humanos como igualdade, dignidade, liberdade e justiça”.

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