Coordenador da ONU expõe “gravidade” da situação no Oriente Médio BR

No Conselho de Segurança, Nickolay Mladenov pede que se trabalhe mais para que palestinos e israelenses retomem negociações; para ele, agora é a hora de mostrar liderança política para que os dois lados vivam como parceiros.
Leda Letra, da ONU News em Nova Iorque.
O coordenador da ONU para o Processo de Paz no Oriente Médio falou ao Conselho de Segurança esta quinta-feira, onde expôs a “gravidade” da situação dos países da região.
Nickolay Mladenov começou o discurso mencionando o conflito israelense-palestino.
Conexões
O coordenador explicou que os que optam pela violência não reconhecem “que palestinos e israelenses, sejam eles judeus, cristãos e muçulmanos, têm uma conexão legítima, histórica e religiosa” com o território.
Mladenov afirmou que ONU, Conselho de Segurança e comunidade internacional “têm a responsabilidade de provar que os que acreditam na violência estão errados”.
Negociações
Ao Conselho de Segurança, ele sugeriu que se trabalhe mais para que palestinos e israelenses retornem à mesa de negociações. Ele afirmou que agora é a hora de mostrar liderança política para “remover obstáculos em prol de uma solução sustentável”, uma saída que “permita a israelenses e palestinos viverem separados, mas em paz como vizinhos e parceiros”.
Nickolay Mladenov também está preocupado com a situação da Agência da ONU de Assistência a Refugiados Palestinos, Unrwa, após a decisão do governo dos Estados Unidos de reduzir suas doações financeiras para a agência, que trabalha em prol de 5,3 milhões de palestinos.
Assentamentos
Ele destacou que Israel continua construindo assentamentos e em 10 de janeiro, as autoridades do país avançaram com os planos de construir 1,4 mil casas na Área C, sendo que “assentamentos são ilegais pela lei internacional e um dos grandes obstáculos para a paz”, segundo Mladenov.
Sobre Gaza, o representante da ONU afirmou que a situação está cada vez pior, por conta da insegurança e da crise humanitária. Mladenov afirmou que com a verba disponível, a ONU “não conseguirá fornecer combustível a hospitais e infraestrutura essencial para além do fim de fevereiro”.
Para finalizar o discurso, o coordenador da ONU para o Oriente Médio declarou que “é hora de acabar com esse padrão destrutivo e começar a criar as bases para a paz”, lembrando que a cada assentamento ou pessoa morta, fica mais difícil para israelenses e palestinos ultrapassarem suas divisões”.
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