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Angola e Moçambique integram apelo da Organização para Migração BR

Foto: IOM/Francesco Malavolta (arquivo)

Angola e Moçambique integram apelo da Organização para Migração

Agência pede US$ 1,4 bilhão para atender 50 nações; OIM diz que mundo enfrenta emergências complexas; apelo busca soluções a longo prazo.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.*

A Organização Internacional para Migração, OIM, precisa de cerca de US$ 1,4 bilhão para atender as necessidades de mais de 80 milhões.

A lista contém 50 países. Angola e Moçambique são as nações de língua portuguesa que fazem parte do grupo, que será coberto pela ação da agência este ano.

Conflitos e desastres

Os fundos devem ajudar a apoiar deslocados, migrantes, refugiados e comunidades anfitriãs. Pessoas que retornam às suas áreas de origem, que enfrentam ou se recuperam de conflitos e desastres naturais, também estão entre os beneficiados.

O diretor de Operações e Emergências da OIM disse, em Genebra, que “o mundo atravessa emergências mais complexas do que nunca” com os milhões de homens, mulheres e crianças que lutam para sobreviver.

Mohammed Abdiker contou que houve mais de 31 milhões de novos deslocamentos internos por causa de conflitos e desastres naturais em 2016. O número soma-se aos milhões de pessoas que já vivem em situação de deslocamento prolongado.

O novo apelo deve financiar ações de prevenção e preparação para crises, resposta de emergência, transição e recuperação.

Impacto

Abdiker contou que o apoio humanitário da OIM pretende não só salvar vidas mas ajudar as comunidades afetadas a se estabilizar, construir resiliência e encontrar soluções porque é muito importante o impacto das respostas a longo prazo.

O representante citou como exemplos de pessoas a apoiar os deslocados pela seca na Somália, pessoas que retornam à casa em Mossul, no Iraque, ou um membro da comunidade local em Cox's Bazar, em Bangladesh, onde vivem mais de 800 mil refugiados rohingya.

Ele destacou haver milhões de pessoas que precisam não só de assistência e de proteção de emergência mas de “apoio inovador que ajude as pessoas a se reerguer mais resistentes do que eram antes”.

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