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Representante da ONU alerta para estado de “catástrofe” no Iêmen BR

Edifícios destruídos por bombardeios aéreos em Sanaa, capital do Iêmen. Foto: Ocha/Charlotte Cans

Representante da ONU alerta para estado de “catástrofe” no Iêmen

Ajuda humanitária

Mark Lowcock é subsecretário-geral para Assuntos Humanitários; situação piorou com aumento dos ataques aéreos, apesar dos portos terem sido abertos para a entrada de combustível e alimentos; ele aprova US$ 50 milhões para ajudar civis.

Mark Lowcock é subsecretário-geral para Assuntos Humanitários; situação piorou com aumento dos ataques aéreos, apesar dos portos terem sido abertos para a entrada de combustível e alimentos; ele aprova US$ 50 milhões para ajudar civis.

Leda Letra, da ONU News em Nova Iorque. 

O subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários declarou, esta sexta-feira, estar “muito preocupado com a piora da situação humanitária no Iêmen”. Segundo Mark Lowcock, a “catástrofe piorou com o aumento recente dos ataques aéreos”.

Ele nota, entretanto, o progresso feito com a abertura de portos do Mar Vermelho para a entrada de combustíveis e de alimentos. Segundo o representante da ONU, 22 milhões de iemenitas precisam de ajuda, sendo que mais de 8 milhões estão perto de enfrentar um estado de fome.

Dinheiro

Mark Lowcock acaba de aprovar uma verba de US$ 50 milhões para ampliar a resposta humanitária. O dinheiro sai do Fundo Central de Resposta de Emergência da ONU, Cerf.

Mas segundo ele, para “reverter a catástrofe, três coisas precisam acontecer”: redução dos confrontos e dos ataques aéreos; abertura completa dos portos e mais ajuda financeira de doadores.

Reconstrução

Mark Lowcock explica que infraestruturas continuam sendo destruídas no Iêmen e burocracias dificultam que os trabalhadores humanitários ajudem as pessoas em risco de fome, cólera ou difteria.

Em um país onde 90% dos alimentos, medicamentos e combustível são importados, o subsecretário-geral destaca que permitir a entrada desses suprimentos é essencial para milhões de pessoas.

A verba que será direcionada do Cerf para o Iêmen será utilizada para ajudar iemenitas em 27 distritos com risco de fome. Mark Lowcock também lembra que o fim do conflito é essencial para que os habitantes possam reconstruir suas vidas.

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