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Crianças rohingya sofrendo de desnutrição aguda e anemia BR

Mohammed Yasin, de oito anos, está entre as crianças rohingya que vivem no campo de Kutupalong, em Cox's Bazar, no Bangladesh. Foto: Unicef/Brown

Crianças rohingya sofrendo de desnutrição aguda e anemia

Unicef fez pesquisa com menores que fugiram de Mianmar e agora estão em Bangladesh; levantamento mostra que metade das crianças estão anêmicas, 60% tem problemas respiratórios e até 40% sofre de diarreia.

Unicef fez pesquisa com menores que fugiram de Mianmar e agora estão em Bangladesh; levantamento mostra que metade das crianças estão anêmicas, 60% tem problemas respiratórios e até 40% sofre de diarreia.

Leda Letra, da ONU News em Nova York. 

As crianças refugiadas rohingya que escaparam da violência em Mianmar, e agora vivem em Bangladesh, estão sofrendo de desnutrição crônica, anemia e outras doenças, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef.

A agência da ONU fez três pesquisas com crianças que estão em campos de refugiados em Cox’s Bazar e descobriu que entre as que têm menos de cinco anos, 25% estão sofrendo de desnutrição aguda.

Infecções

Entre as crianças que participaram da pesquisa, metade está com anemia, 40% têm diarreia e até 60% enfrenta algum tipo de infecção respiratória. O representante do Unicef em Bangladesh disse que esses resultados confirmam o que mais se temia.

Edouard Beigbeder explicou que “os menores refugiados já passaram por um sofrimento inimaginável ao ter de abandonar suas casas e agora enfrentam uma crise de saúde pública”.

Dieta

Segundo o Unicef, menos de 16% das crianças estão consumindo uma dieta com uma quantidade nutricional mínima aceitável, o que é essencial para um bom crescimento e desenvolvimento.

A agência e entidades parceiras trabalham para melhorar as condições dos menores refugiados. Até agora, 7 mil crianças desnutridas receberam tratamento e a vacina contra o cólera foi aplicada em 900 mil. Uma campanha de vacinação contra tétano e difteria segue em andamento.

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