Unicef quer mais proteção a menores em novas políticas de migração
Agência indica que 50 milhões de crianças estão em movimento no planeta; migração será tema de encontro internacional em Puerto Vallarta, no México; 200 mil crianças não acompanhadas pediram asilo em cerca de 80 países.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
A comunidade internacional reúne-se a partir da próxima segunda-feira para abordar a migração segura, regular e ordeira na cidade mexicana de Puerto Vallarta. Uma das metas do encontro é preparar o Pacto Mundial de Migração.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, declarou que os direitos, a proteção e o bem-estar das crianças deslocadas devem estar no centro dos compromissos das políticas migratórias globais.
Movimento
De acordo com a agência, o mundo tem 50 milhões de crianças em movimento. Destas, 28 milhões foram deslocadas por conflitos.
A agência indica que somente nos últimos dois anos, 200 mil crianças não acompanhadas pediram asilo em cerca de 80 países.
A nota destaca que crianças migrantes e refugiadas são especialmente vulneráveis à xenofobia, ao abuso, à exploração sexual e à falta de acesso aos serviços sociais.
Propostas
O Unicef quer políticas para protegê-las da exploração e da violência ao longo de sua jornada, especialmente as não acompanhadas. Este é a primeira de seis propostas a serem usadas pelo Unicef como base para criar políticas em prol dos menores nessa situação.
As crianças representam 28% das vítimas de tráfico a nível global. Os números crescem mais do que o dobro na África Subsaariana com 64% e na América Central e Caribe com 62%.
A agência propõe ainda que seja discutido o fim da detenção de menores enquanto aguardam o estatuto de refugiado ou migrante com alternativas práticas. Outro ponto defende que as famílias sejam mantidas juntas para protege-las, e que seja dado estatuto legal das crianças.
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