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Agências das Nações Unidas apelam por fim imediato do bloqueio no Iêmen BR

As agências pediram a entrada de ajuda para salvar vidas e responder àquela que se tornou a pior crise humanitária do mundo. Foto: Acnur/Shabia Mantoo

Agências das Nações Unidas apelam por fim imediato do bloqueio no Iêmen

Em comunicado conjunto, OMS, PMA e Unicef afirmaram que mais de 20 milhões de pessoas precisam de ajuda imediata; deste total, 11 milhões são crianças.

Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.

Três agências das Nações Unidas lançaram um apelo pelo fim do bloqueio que impede a passagem de ajuda humanitária no Iêmen.

Em comunicado, a Organização Mundial da Saúde, OMS, o Fundo das Nações Unidas para Infância, Unicef, e o Programa Mundial de Alimentos, PMA, alertaram que mais de 20 milhões de iemenitas precisam de assistência imediata.

Socorro

A coalizão liderada pela Arábia Saudita concedeu um levantamento parcial do bloqueio, que fechou portos e aeroportos. O porta-voz do secretário-geral, Stephane Dujarric, falou sobre a situação.

Segundo o porta-voz, o que já é uma situação de catástrofe tem piorado com o bloqueio. Mais da metade das pessoas que precisam de socorro são crianças.

No comunicado, os três chefes das agências: David Beasley, do PMA; Anthony Lake, do Unicef e Tedros Ghebreyesus da OMS, informaram que os suprimentos incluem medicamentos, vacinas e alimentos são essenciais para evitar doenças e fome. Sem este socorro, milhares de pessoas morrerão incluindo crianças inocentes, alertou o comunicado.

Cólera

As agências pediram a entrada de ajuda para salvar vidas e responder àquela que se tornou a pior crise humanitária do mundo.

Atualmente, quase 15 milhões de pessoas não têm atendimento médico. O país sofre com um surto de cólera e mais de 900 mil casos suspeitos da infecção.

Cerca de 7 milhões de pessoas no Iêmen dependem de assistência alimentar para sobreviver.

A má nutrição também ameaça 400 mil crianças.

Notificações

A OMS informou que as consequências do bloqueio já são visitas como o aumento dos casos de difteria. Mais de 120 notificações foram feitas com 14 mortes, a maioria crianças, nas últimas semanas.

No comunicado, os três chefes de agências informaram que o pessoal da ONU que está no país não tem como se movimentar, mesmo que estejam precisando também de assistência médica urgente.

O comunicado diz que todos os portos do Iêmen, incluindo aqueles localizados em áreas controladas pela oposição, devem ser reabertos imediatamente.