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OIM pede US$ 120 milhões para apoiar 500 mil refugiados rohingya BR

Após fugirem da violência em Mianmar em outubro de 2016, refugiados Rohingya vivem em locais improvisados superlotados em Cox’s Bazar, Bangladesh. Foto: Acnur/Saiful Huq Omi

OIM pede US$ 120 milhões para apoiar 500 mil refugiados rohingya

Deslocados fugiram de Mianmar para Bangladesh, o país vizinho; subsecretário-geral da ONU, Mark Lowcock, visita Cox’s Bazar, onde anunciou a liberação de US$ 12 milhões em ajuda de emergência.

Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.

A Agência da ONU para Migrações, OIM, fez um apelo à comunidade internacional por US$ 119,7 milhões para fornecer ajuda urgente a 500 mil refugiados rohingya que estão em Bangladesh.

Os recém-chegados estão vivendo em difíceis condições na região de Cox’s Bazar. A agência destacou a “rapidez e a magnitude” do fluxo de pessoas desde 25 de agosto, quando dezenas de milhares de rohingya começaram a fugir da violência. Os conflitos ocorrem no estado de Rakhine, norte de Mianmar.

Apelo

Segundo a OIM, a maioria dos refugiados chegou com nada ou quase nada, unindo-se a cerca de 300 mil pessoas que haviam fugido em ondas de deslocamento anteriores.

A pedido do governo bengalês, a agência tem liderado o grupo de coordenação intersetorial que está organizando a resposta humanitária ao fluxo de deslocados rohingya.

Este apelo descreve as exigências de financiamento da OIM até fevereiro de 2018 como parte do plano mais amplo de resposta humanitária da ONU.

Emergência

Em Cox’s Bazar, o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humantários, Mark Lowcock, informou que nas últimas seis semanas, agências humanitárias distribuíram mais de 9 milhões de porções de alimentos, forneceram apoio com água e saneamento a mais de 300 mil pessoas, vacinas e apoio psicossocial aos deslocados.

Lowcock alertou, no entanto, que “as condições atuais nos acampamentos são terríveis”, e é preciso fazer muito mais do que já foi feito até o momento.

O subsecretário-geral, que é chefe do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários, anunciou a liberação de US$ 12 milhões do Fundo Central de Resposta a Emergência, Cerf, para a resposta humanitária e pediu mais apoio de doadores da comunidade internacional. O Cerf já havia alocado US$ 7 milhões para ações no local.

Solução

Lowcock também ressaltou que “as causas desta crise estão em Mianmar e as solução precisa ser encontrada” no país.

Nesta quarta-feira, especialistas do Comitê da ONU para a Eliminação da Discriminação a Mulheres e da Comissão dos Direitos da Criança afirmaram que os abusos cometidos contra a minoria rohingya em Mianmar podem ser considerados crimes contra a humanidade.

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