OMS aumenta resposta devido a praga em Madagáscar
Surto foi identificado no final de agosto e já conta com um total de 21 mortes; Organização Mundial da Saúde alerta que a praga pode converter-se numa epidemia.
Denise Costa da ONU News, em Nova Iorque.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, está a aumentar a sua resposta a uma praga em Madagáscar que se alastrou para a capital e cidades portuárias, infetando mais de 100 pessoas em apenas algumas semanas.
O governo malgaxe confirmou que a morte de um cidadão de Seicheles foi devido à peste pneumónica. O treinador de basquete morreu no hospital de Antananarivo na quarta-feira, 27 de setembro, enquanto visitava o país para um evento desportivo.
Prevenção
As autoridades de saúde estão a rastrear pessoas que estiveram em contato com o seichelense nos últimos dias. Uma vez identificados, receberão antibióticos para prevenir a infecção como medida de precaução.
Desde que o surto foi identificado no fim de agosto já há um total de 21 mortes e pelo menos 114 pessoas foram infectadas.
A representante da OMS no país, Charlotte Ndiaye, afirmou que existe a preocupação da expansão rápida do surto que já se encontra em várias cidades. Uma das razões é o início da peste epidémica, que geralmente começa em setembro e termina em abril.
A OMS disponibilizou US$ 300 mil em fundos de emergência, bem como suprimentos médicos essenciais, para aumentar rapidamente os esforços operacionais e apelou por mais US$ 1,5 milhão para apoiar a resposta.
As pragas são endémicas em Madagáscar, onde cerca de 400 casos são reportados anualmente. A mais frequente é a peste bubónica. Ao contrário dos surtos anteriores, o atual afeta grandes áreas urbanas, o que aumenta o risco de transmissão.
O número de casos identificados até ao momento é maior do que o esperado para esta época do ano.