ONU marca Dia Internacional para Eliminação Total das Armas Nucleares
António Guterres discursou em evento para marcar a data na Assembleia Geral; segundo ele, um mundo livre de armamentos requer uma visão global e uma resposta de todo o globo.
Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.
A Assembleia Geral da ONU reuniu-se neste 26 de setembro para marcar o Dia Internacional para Eliminação Total das Armas Nucleares.
O chefe da organização, António Guterres, discursou na abertura do encontro ressaltando que nos meses recentes, os perigos das armas atômicas foram mais uma vez evidenciados.
Primeira resolução
Para Guterres, cada país tem o direito de exigir a eliminação dessas armas de destruição únicas.
Atualmente, o mundo tem mais de 15 mil armas deste tipo.
Por mais de 70 anos, o desarmamento nuclear tem sido um dos objetivos centrais das Nações Unidas desde a primeira resolução da Assembleia Geral. Durante os debates anuais de líderes internacionais, na semana passada, vários países firmaram o Tratado de
Proibição de Armas Nucleares, adotado pela Assembleia em 7 de julho.
Coreia do Norte
Segundo o chefe da ONU, a questão é clara: o único mundo que está seguro das armas atômicas é um mundo completamente livre desse tipo de armamento.
Guterres mencionou uma série de testes realizados pela Coreia do Norte, que segundo ele, foram uma provocação aumentando as tensões e os perigos de uma proliferação.
O chefe da ONU condenou, de forma veemente, os ensaios e voltou a elogiar a decisão do Conselho de Segurança, que impôs sanções ao país. Para Guterres, o órgão demonstrou uma “ação firme” e o desejo por uma solução política, pacífica e diplomática.
Modernização
Ele reconheceu os esforços de país que têm armas atômicas, especialmente Estados Unidos e Rússia, de reduzir seus arsenais.
Mas segundo ele, campanhas caras de modernização combinadas com uma falta de planejamento em redução de arsenais além do
Tratado New Start (ou Novo Começo), tem dificultado a visão de como as obrigações nucleares têm sido cumpridas.
O chefe da ONU encerrou o discurso lembrando o impasse de duas décadas da Conferência sobre Desarmamento. E disse que ONU está pronta pra cooperar com todos e atingir a meta de um mundo livre de armas nucleares.