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Firmado na sede da ONU Tratado sobre Proibição de Armas Nucleares BR

O Tratado sobre Proibição de Armas Nucleares foi assinado por vários chefes de Estado e ministros. Foto: ONU/Kim Haughton

Firmado na sede da ONU Tratado sobre Proibição de Armas Nucleares

O presidente do Brasil, Michel Temer, foi o primeiro chefe de Estado a assinar o documento histórico; António Guterres espera esforços globais para um mundo livre de armas nucleares.

Denise Costa da ONU News, em Nova Iorque.

Decorreu nesta quarta-feira, 20 de setembro, na sede das Nações Unidas em Nova Iorque, a cerimônia de assinatura do Tratado de Proibição de Armas Nucleares.

O secretário-geral, António Guterres, iniciou o encontro dizendo que era uma honra assistir à assinatura deste documento histórico, o primeiro tratado multilateral de desarmamento em mais de duas décadas.

Consequências

O chefe da ONU afirmou que o Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares é um produto de preocupações crescentes devido ao risco da existência de armas nucleares continuarem incluindo as consequências catastróficas humanitárias e ambientais do seu uso.

Guterres enfatizou que o Tratado é um passo importante para o objetivo universal de um mundo livre de armas nucleares e que espera que revigore os esforços globais para o alcançar.

O documento, aprovado em julho deste ano com 122 votos a favor, teve a abstenção da Cingapura e o voto contra da Holanda. Todos os países lusófonos votaram a favor do tratado, exceto Portugal que não participou nas negociações.

Transferência

O tratado prevê que os países que o ratificam "nunca sob nenhuma circunstância devem desenvolver, testar, produzir, fabricar, adquirir, possuir ou armazenar armas nucleares ou outros dispositivos explosivos desta natureza".

O documento também proíbe qualquer transferência ou uso do tipo de armamento ou de dispositivos, além da ameaça do uso dessas armas.

O presidente do Brasil, Michel Temer, foi o primeiro a firmar o documento ao lado de outros chefes de Estado e ministros. Ao assinar o documento o país sinaliza a sua intenção de fazer parte da ação e não deve de fazer nada que prejudique o seu propósito.