País enfrenta uma das piores crises humanitárias do mundo; cerca de 7 milhões estão à beira da fome, 2,3 milhões de crianças desnutridas.
Edgard Júnior, da ONU News em Nova Iorque.*
O Iémen está a atravessar uma das piores crises humanitárias do mundo com 7 milhões de pessoas à beira da fome e 2,3 milhões de crianças menores de cinco anos desnutridas.
Segundo as Nações Unidas, dois terços da população iemenita precisa de ajuda humanitária e de proteção.
Dignidade
A agência da ONU para Assuntos Humanitários, Ocha, entrevistou algumas das 407 famílias que estão em um acampamento para deslocados nos arredores da cidade de Khamir, a pouco mais de 100 km da capital, Sanaa.
O Ocha fez uma lista de seis pontos a mostrar o que as pessoas estão a necessitar mais no país.
Segundo a agência, em primeiro lugar os iemenitas querem viver com dignidade. Desde a escalada do conflito, mais de 3 milhões de pessoas foram forçadas a fugir de suas casas em busca de segurança.
Os moradores querem ter acesso à água limpa e serviços de saneamento básico. Mais de 16 milhões de iemenitas não têm acesso à água, saneamento e serviços de higiene.
Essa é uma grande preocupação, principalmente num país que enfrenta uma das piores epidemias de cólera no mundo e que já matou 1,9 mil pessoas até 30 de julho.
Saúde
Os acessos à comida e a abrigos ou residências apropriadas representam quase uma luta diária para a população.
O Ocha cita ainda entre as maiores necessidade dos iemenitas a questão da saúde, o acesso a hospitais e clínicas. Os especialistas afirmam que o futuro de toda uma geração está em risco. Uma criança morre a cada 10 minutos no país de doenças que poderiam ser evitadas.
Outro assunto grave é o aumento da violência de género que mulheres e meninas sofrem no Iémen.
*Apresentação: Denise Costa.