Conselho de Segurança: terrorismo é desafio para África Ocidental

Piora na situação humanitária também foi citada; órgão também reiterou sua preocupação com situação na Guiné-Bissau.
Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.
O Conselho de Segurança saudou recentes desenvolvimentos políticos em alguns países da África Ocidental, mas expressou preocupação com a ameaça do terrorismo na região.
Em declaração presidencial emitida na segunda-feira, o órgão condenou de forma veemente todos os ataques terroristas realizados na região, especialmente no norte e centro do Mali e da Bacia do Lago Chade, principalmente pelos grupos terroristas Boko Haram e Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil.
Força-tarefa
O Conselho de Segurança encorajou Estados-membros e parceiros multilaterais a darem apoio à Força-Tarefa Conjunta Multinacional para “garantir sua plena operacionalização” e aumentar as ações coletivas para combater o Boko Haram.
Através do Escritório da ONU na África Ocidental e Sahel, o órgão ressaltou seu compromisso de trabalhar para fortalecer a cooperação para combater ameaças de seguranças entre fronteiras e impedir a propagação do terrorismo.
Guiné-Bissau
O Conselho também reiterou sua preocupação com a situação na Guiné-Bissau.
O órgão pediu a todos os líderes políticos do país que respeitem o Acordo de Conacri e ações da Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental, Cedeao, para ajudar a encontrar uma saída para a crise política.
Situação humanitária
O comunicado também fez referência à difícil situação humanitária causada por ações terroristas na região da Bacia do Lago Chade.
O Conselho pediu à comunidade internacional que “apoie imediatamente o fornecimento” de assistência urgente às pessoas mais afetadas pela crise nos Camarões, no Chade, no Níger e na Nigéria, incluindo com o pleno financiamento do apelo da ONU para a região.
O órgão também fez um apelo a governos regionais para facilitarem o acesso humanitário e trabalharem com as Nações Unidas no desenvolvimento de opções para entrega de ajuda.
Pirataria
Sobre a Côte d'Ivoire, também conhecida como Costa do Marfim, o Conselho saudou o progresso feito em paz, estabildade e prosperidade económica após o fechamento da Missão da ONU na nação a 30 de junho.
Preocupado com a pirataria no Golfo da Guiné, assim como o tráfico de serem humanos e bens ilícitos, incluindo drogas, o Conselho destacou a necessidade de fortalecer o combate a todas as atividades ilícitas na subregião.
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