Resistência a antibióticos é debatida por OMS em congresso no Rio de Janeiro
Encontro mundial sobre infecções sexualmente transmissíveis e HIV termina nesta quarta-feira; da cidade brasileira, especialista da agência da ONU fala sobre novo guia da OMS para tratamento de DSTs.
Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.
Termina nessa quarta-feira, no Rio de Janeiro, um congresso mundial sobre infecções sexualmente transmissíveis e HIV. Por ocasião do encontro, a Organização Mundial da Saúde, OMS, publicou dois estudos sobre gonorreia resistente a antibióticos
Segundo a agência da ONU, dados de 77 países mostram que a resistência antimicrobiana está tornando a gonorreia, uma infecção sexualmente transmissível comum, muito mais difícil e às vezes impossível de tratar.
Estratégia
A Neisseria gonorrhoeae, que causa a gonorreia, é uma das 12 famílias de bactérias resistentes a antibióticos que representam as maiores ameaças à saúde humana.
Do Rio de Janeiro, a coordenadora da área de Saúde Sexual e Reprodutiva da OMS e chefe da delegação da agência no congresso mundial, Nathalie Broutet, falou com a ONU News sobre o encontro.
“Essa é uma oportunidade excelente para a OMS primeiro de compartilhar com os participantes do congresso os novos guias de tratamento de DST, incluindo o novo guia de tratamento da neisseria gonorrhoeae, que é muito importante pra essa questão de resistência. Segundo, compartilhar com os participantes essa nova estratégia global de luta contra a DST”.
Segundo a especialista da OMS, a estratégia se concentra em três pontos: a vacina para o HPV, a eliminação da transmissão entre mãe e bebê da sífilis, do HIV e da hepatite, e a questão da resistência da neisseria gonorrhoeae aos antibióticos.
Para Nathalie Broutet, é “inadmissível que no século XXI ainda tenha casos de sífilis congênita”, ressaltando ser muito simples testar e tratar mulheres grávidas para eliminar a doença.
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