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Começa nova rodada de negociações para pôr fim a conflito na Síria BR

Staffan de Mistura fala com a imprensa no primeiro dia da sétima rodada das conversações sobre a Síria. Foto: ONU/Violaine Martin

Começa nova rodada de negociações para pôr fim a conflito na Síria

Conversas acontecem em Genebra; enviado especial da ONU, Staffan de Mistura, saudou nova zona sem violência no sudoeste do país, anunciada no fim de semana; para secretário-geral, medida é “passo importante” para aumentar acesso humanitário em todo o país e diminuir a violência.

Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.

Uma nova rodada de conversas entre os sírios começou nesta segunda-feira em Genebra. Falando a jornalistas, o enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, afirmou que está se vendo uma fase de simplificação em um dos conflitos mais complexos do nosso tempo.

Staffan de Mistura disse que "muitas estrelas" estavam se alinhando em favor de um potencial progresso em direção ao fim da guerra que já dura mais de seis anos.

Zona sem violência

O enviado especial saudou especialmente a nova zona para a redução da violência no sudoeste do país, próximo às fronteiras da Jordânia, do Líbano e de Israel.

O acordo foi anunciado durante o fim de semana por Estados Unidos, Rússia e Jordânia, após uma reunião de líderes do G20 em Hamburgo. O anúncio acontece ainda após discussões realizadas em Astana, no Cazaquistão, entre Rússia Turquia e Irã, que terminaram sem acordo sobre zonas adicionais de cessar-fogo na Síria.

Staffan de Mistura ressaltou que a “diminuição da violência é o que o povo sírio tem pedido, tem implorado a todos há muito tempo”. Ele destacou ainda que os processos de Astana e Genebra se reforçam mutualmente.

Passo importantes 

Nesta segunda-feira, as Nações Unidas saudaram o anúncio sobre a zona para redução da violência na Síria assim como preparações para apoiar um cessar-fogo e a entrega de ajuda humanitária no sudoeste do país árabe.

Em nota, emitida por seu porta-voz nesta segunda-feira, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que este é um passo importante para aumentar o acesso humanitário em todo o país além de diminuir a violência.

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