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Portugal vê atuação conjunta de lusófonos em operações de paz da ONU BR

Força de Reação Rápida Portuguesa atando na área centro-africana em Bambari. Foto: Missão de Portugal junto à ONU.

Portugal vê atuação conjunta de lusófonos em operações de paz da ONU

Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas do país participa em reunião para melhorar atuação de tropas de paz; contingentes militares portugueses integram forças no Mali e na República Centro-Africana.

leutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.*

As Nações Unidas realizam esta sexta-feira uma reunião para melhorar a sua atuação em missões de paz, com a participação de chefes de Defesa de cerca de 100 países.

O encontro com o lema “Enfrentar os desafios”, discute temas políticos, estratégicos, operacionais e de apoio às missões da organização.

Espaço

A ONU News conversou com o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas Portuguesas, Artur Pina Monteiro, que disse haver espaço para uma maior participação de países lusófonos em iniciativas internacionais.

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General Artur Pina Monteiro.
“Não escondo que a participação dos países de expressão portuguesa em operações de paz, conjuntamente, é uma missão que todos nós perseguimos. Ou seja, no sentido de dar mais relevo à importância de África no contexto da segurança internacional na qual, como é sabido, Portugal tem uma orientação muito clara para o seu empenhamento. Por isso, este encontro pode propiciar esse contacto e de alguma forma procurarmos uma melhor interatividade entre as diversas forças.”

Participação 

Portugal considera que sua participação na República Centro-Africana contribui para estabilizar o país africano. A atuação portuguesa também envolve meios aéreos na Missão da ONU no Mali, Minusma, num modelo que para o general Pina Monteiro é “altamente vantajoso” para os malianos.

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Ação comunitária da força portuguesa em povoado de Bambari. Foto: Missão de Portugal junto à ONU.
Comandantes das forças de paz das Nações Unidas nos dois países africanos também estarão na reunião de Nova Iorque, ao lado de chefes militares da ONU no Sudão do Sul e na República Democrática do Congo, RD Congo.

De acordo com as Nações Unidas, os chefes da Defesa vão debater o envio rápido de forças, a robustez das suas ações, a capacitação, a disciplina e o aumento do número de mulheres militares nas fileiras da organização.

O encontro junta representantes de entidades como União Africana, União Europeia e Organização do Tratado do Atlântico Norte, Otan.

*Apresentação: Laura Gelbert Delgado.

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