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Unicef : “falta de fundos ameaça acesso à educação de milhões de crianças”

A meta do Unicef é ajudar 9,2 milhões de crianças afetadas por crises humanitárias. Foto: Banco Mundial/Dana Smillie

Unicef : “falta de fundos ameaça acesso à educação de milhões de crianças”

Nova embaixadora da Boa Vontade da agência leva recado a membros do G20 em Hamburgo; secretário-geral das Nações Unidas participa no evento; Unicef quer beneficiar 9,2 milhões de crianças afetadas por crises humanitárias.

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.*

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, alerta que a falta de fundos ameaça a educação de milhões de crianças em conflitos ou desastres.

A declaração foi feita por ocasião da reunião dos líderes das maiores economias do mundo, o G20, em Hamburgo. A agência anunciou ter recebido apenas 12%, ou US$ 115 milhões, dos US$ 932 milhões que precisa para os seus programas educativos em emergências este ano.

Educação

A meta do Unicef é ajudar 9,2 milhões de crianças afetadas por crises humanitárias garantindo acesso à educação básica formal e não formal.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, está na cidade alemã. No evento, ele deve abordar temas como desenvolvimento sustentável, alterações climáticas, África, migração, saúde e capacitação feminina.

A agenda do chefe da ONU inclui ainda reuniões bilaterais com líderes presentes na cimeira de Hamburgo.

Outro marco do evento será a participação da ativista síria Muzoon Almellehan que vai representar oficialmente o Unicef no evento. A mais nova embaixadora da Boa Vontade da agência foi nomeada em junho.

Desespero

Almellehan defende que “sem educação, as crianças crescem sem conhecimento e habilidades para contribuir para a paz e para o desenvolvimento dos seus países e economias, agravando a situação de desespero de milhões de crianças”.

O Unicef revelou que as lacunas de financiamento para programas de educação em alguns dos pontos críticos no mundo variam de 36% no Iraque, para 64% na Síria, 74% no Iémen ou 78% na República Centro-Africana.

*Apresentação: Denise Costa.