Nigéria: PMA suspendeu algumas metas de auxilio por três meses
Cerca de 5,2 milhões de pessoas enfrentam fome na área mais afetada pelo grupo terrorista Boko Haram; limitações levaram agência a priorizar casos mais críticos e vulneráveis.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
O Programa Mundial de Alimentação, PMA, precisa de US$ 172 milhões com urgência para continuar a ajudar habitantes do nordeste da Nigéria.
O início da chamada época sem produção provocou a subida dos preços alimentares e pressiona os já escassos recursos de milhões de afetados pelo conflito. A situação agrava a fome na área mais atingida pelas ações do grupo terrorista Boko Haram.
Auxílio
Os estados mais afetados pelos combates entre o grupo e o governo são Borno, Adamawa e Yobe onde cerca de 5,2 milhões de pessoas enfrentam fome.
Nessas regiões estima-se que mais de um terço desses nigerianos estejam propensas a enfrentar essa situação e outras “dezenas de milhares” não têm acesso absolutamente nenhum à comida ou estão em situação similar.
Financiamento
O plano da agência é abastecer pelo menos 1,3 milhão de pessoas por mês durante o período crítico, o que equivale a cerca de meio milhão a menos em relação ao alvo inicial.
Com a falta de financiamento, a agência suspendeu algumas metas de auxilio entre junho e agosto. O PMA revelou que diminuiu as quantidades entregues aos beneficiários de comida, de artigos nutricionais e de assistência financeira.
Os mais afetados e vulneráveis são os que têm prioridade no que a própria agência considera “uma forma brutal de triagem”, uma medida que foi obrigada a tomar devudo à limitação de recursos.
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