Em cinco anos, Timor-Leste quer baixar produção de lixo plástico no oceano

Plano para gerir impacto de resíduos na vida marinha foi revelado em evento global na ONU; ministro cita esforços para proteger maior área mundial de biodiversidade; meta de parceria com Cplp é melhorar sustentabilidade.
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.*
Timor-Leste trabalha para proteger a sua área marinha conhecida por ter a maior biodiversidade do mundo, segundo o ministro de Estado e coordenador dos Assuntos Económicos e da Agricultura.
Falando à ONU News, em Nova Iorque, Estanislau Aleixo da Silva disse que os timorenses não podem trabalhar isolados e apresentou pontos do plano nacional na Conferência sobre Oceanos que esta semana decorre nas Nações Unidas.
Resíduos
“Progressivamente minimizar a produção de plásticos até 2022. Ao menos tempo, conduzir todo um trabalho através de projetos muito concretos para minimizar toda a descarga de resíduos sólidos do mar através de estabelecimento de centros de resíduos para assim evitar a descarga desses resíduos no mar. Há uma investigação que foi feita e agora queremos expandir e estudar o impacto da sedimentação e do lixo desse processo na dinâmica da população.”
Em 2016, Timor-Leste presidiu a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp, para a qual propôs uma estratégia de oceanos.
A ideia é que aumente a cooperação internacional que promova o desenvolvimento sustentável em territórios oceânicos de cada Estado-membro. Estanislau da Silva vê motivos para continuar o tipo de colaboração mesmo no momento da presidência brasileira do bloco.
Ásia e Pacífico
“Falou-se na eventualidade de se estabelecer um centro de investigação relativamente aos assuntos do mar. Países como Portugal e Brasil estão de certa forma mais avançados nessa área. A experiência deles vai ser importante para os nossos países como Timor-Leste. Por outro lado, Timor-Leste vai muito brevemente aceder à Asean (Organização de Estados do Sudeste Asiático). Por outro lado, esperamos que com a nossa adesão à Asean podemos ser a ponte entre a Cplp e a Ásia e Pacífico e desenvolver um trabalho coordenado no sentido de a nível global para a nível global acionar mecanismos para a projeção dos nossos oceanos.“
O governo timorense está a estimular o envolvimento de jovens em ações empreendedoras para reaproveitar o lixo do mar criando empregos e fontes de rendimento.
*Apresentação: Denise Costa.