Leonardo DiCaprio defende Acordo de Paris como solução para os oceanos
Ator e Mensageiro da Paz da ONU escreveu artigo especial onde cita acidificação, perigos às populações de baleias e de outros animais marinhos, poluição causada pelos plásticos; para DiCaprio, acordo climático é a esperança.
Leda Letra, da ONU News em Nova Iorque.
O ator americano Leonardo DiCaprio escreveu um artigo especial para as Nações Unidas afirmando que salvar uma baleia é como salvar o planeta. Ele é também Mensageiro da Paz da ONU com foco no combate à mudança climática.
No texto, DiCaprio destaca que os oceanos estão sob grande pressão devido à absorção do dióxido de carbono, o que já resultou em aumento de 30% da acidez das águas.
Extinção
O ator explica que com isso, os corais estão perdendo a cor e os frutos do mar estão em perigo, como ostras, lagostas, mexilhões e caranguejos. Ele teme o desaparecimento de boa parte da vida marinha essencial para bilhões de pessoas.
Leonardo DiCaprio menciona também a poluição do mar causada pelos plásticos e o problema da pesca em excesso. Segundo ele, mais da metade das 17 espécies de pinguins existentes no mundo está ameaçada devido à falta de alimentos para seu sustento.
Aquecimento das águas
Como resultado da mudança climática, o ator afirma que os oceanos estão aquecendo num nível em que não podem mais absorver a poluição causada pelo homem. Por isso, ele defende cortes nas emissões de carbono para além dos níveis propostos pelo Acordo de Paris.
Para o ator, a esperança está exatamente no tratado internacional. Leonardo DiCaprio acredita que o Acordo de Paris traz o caminho para um futuro mais sustentável para os oceanos.
Conferência
O Mensageiro da Paz da ONU lembra também do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14, que pede “a conservação dos oceanos, mares e recursos marinhos”. DiCaprio lembra que essa meta não será alcançada até 2030 se não forem eliminadas todas as ameaças aos oceanos, da mudança climática ao corte de emissões.
O artigo escrito por Leonardo DiCaprio foi publicado pela ONU às vésperas da Conferência sobre os Oceanos, que acontece na sede da organização, em Nova Iorque, entre os dias 5 e 9 de junho.