Crimes na Rep. Centro-Africana “devem parar”, diz procuradora do TPI
Procuradora-chefe do Tribunal Penal Internacional emitiu declaração em que expressa preocupação com últimos acontecimentos no país; para Fatou Bensouda, situação atual parece ser “extremamente precária”.
Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.
A procuradora-chefe do Tribunal Penal Internacional, Fatou Bensouda, emitiu uma nota a mencionar que a violência e combates entre grupos armados em diversas partes da República Centro-Africana aumentaram nos últimos meses.
Bensouda afirmou estar “profundamente preocupada” com este acontecimento e ataques recentes registados em Bangassou, Bria e Alindao.
“Situação precária”
Para a procuradora-chefe, a situação atual parece ser “extremamente precária”, com relatos de graves crimes cometidos contra civis, capacetes azuis e trabalhadores humanitários.
Bensouda declarou que estes crimes informados podem estar sob a jurisdição do TPI e devem “parar imediatamente”.
A representante apelou a todos os indivíduos e grupos na República Centro-Africana que estejam envolvidos em violência que desistam, incluindo os que parecem estar ligados aos grupos anti-Balaka e ex-Séléka.
Ela afirmou que seu Escritório está a monitorizar de perto estes acontecimentos para avaliar quais ações podem ser necessárias.
Investigação
Bensouda declarou que está pronta a assistir as autoridades centro-africanas que tenham o dever principal de investigar e processar os que supostamente são responsáveis por estes crimes.
A procuradora-chefe informou que seu Escritório vem investigando ações cometidas na República Centro-Africana desde 1º de agosto de 2012.
A representante expressou que não vai hesitar em tomar medidas adicionais de os crimes recentes caírem sob a jurisdição do TPI e fará ações necessárias para levar os autores à prestação de contas.
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