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Banco de dados sobre radiação de frutas assiste países com exportações

O processo de radiação das frutas tem ajudado a combater pragas. Foto: FAO/Giuseppe Bizzarri

Banco de dados sobre radiação de frutas assiste países com exportações

Agência Internacional de Energia Atómica, Aiea, coopera com nações que não têm recursos para conduzir estudos e tratamento de alimentos que vendem para o exterior; especialista da Aiea diz à ONU News que muitos países africanos incluindo a Guiné-Bissau beneficiam-se da iniciativa.

Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.*

Um banco de dados com doses certas de radiação de alimentos está a ajudar países a exportar frutas de maneira segura.

A iniciativa é da Agência Internacional de Energia Atómica, Aiea, que já assiste a dezenas de países incluindo nações africanas de língua portuguesa como Guiné-Bissau e Moçambique.

Instrumento

Nesta entrevista à ONU News, o especialista da Aiea, Rui Cardoso Pereira, contou como a iniciativa da agência tem ajudado países importadores e exportadores na segurança alimentar.

“Os países que são exportadores. E podemos falar do Brasil, podemos falar de países africanos de língua oficial portuguesa como Moçambique, Angola, etc, têm a possibilidade de ter mais um instrumento e uma base de dados, onde sabem que para produtos A, B ou C, que se querem exportar através de um tratamento pós-colheita que esses países importadores exigem, existe um banco de dados que pode indicar qual a dose máxima que se pode dar.”

Rui Cardoso Pereira também tranquilizou consumidores preocupados em ingerir alimentos que passaram pelo processo de radiação.

Resíduo

“É como nós quando vamos a um raio-X, há uma dose de radiação que nos atravessa, mas os produtos não são radiativos. Os produtos foram expostos a uma radiação que não causam qualquer resíduo nos frutos, não há qualquer problema.”

O processo de radiação das frutas tem ajudado a combater pragas, como a mosca da fruta, que é uma ameaça a outras indústrias também como a mediterrânea de frutas.

A técnica da Aiea do inseto estéril foi introduzida na Croácia, na Europa, com o apoio de uma outra agência da ONU, a Organização para Agricultura e Alimentação, FAO.

*Apresentação: Eleutério Guevane.